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As fotografias mais emblemáticas da história

Foto de Kevin Carter. Abutre espreita e espera o momento preciso da morte de um bebê desnutrido. Sudão, 1993.

Elas entraram para história do jornalismo e da humanidade, por serem, todas, representantes de uma época, de um contexto, de um status quo

É de conhecimento de todos que uma imagem vale mais que mil palavras. Esse dito que no geral já é visto como ideia consensual em alguns casos é levado ao extremo, e ai não há quantidade de palavras que consiga ao menos chegar próximo do poder que estas imagens possuem. Apresentaremos agora uma série de imagens que ficaram para posteridade por conta de seu poder imagético.

Elas entraram para história, do jornalismo e da humanidade, por serem, todas elas, representantes de uma época, de um contexto, de um status quo.

A imagem de Che
A fotografia de Che Guevara, conhecida formalmente como “Guerrilheiro Heróico”, onde aparece seu rosto com a boina negra olhando ao longe, foi tirada por Alberto Korda em 5 de março de 1960 quando Che tinha 31 anos num enterro de vítimas de uma explosão. Foi publicada 7 anos após. É uma das imagens mais reproduzidas mundo afora, seja para alimentar os ideias socialistas pregados por Che, seja para alimentar o próprio capitalismo tão combatido por Che.

Che

A agonia de Omayra
Omayra Sanchez foi uma menina vítima do vulcão Nevado do Ruiz durante a erupção que arruinou o povoado de Armero, na Colômbia em 1985. Ela ficou três dias sob o lodo, água e restos de sua própria casa e presa aos corpos dos pais. Quando os paramédicos chegaram, evidenciaram que era impossível tirá-la de lá, já que para isso precisavam amputar as suas pernas, e a falta de um especialista para tal cirurgia resultaria na morte da menina.

O fotógrafo Frank Fournier, fez uma fotografia de Omayra que deu a volta ao mundo e originou uma controvérsia a respeito da apatia do Governo Colombiano com respeito às vítimas de catástrofes naturais. A fotografia foi publicada meses após o falecimento da garota.

Omayra Sanchez

A menina Afegã
Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética. Sua imagem foi publicada na capa da National Geographic em junho de 1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa se transformou numa das mais famosas da revista e do mundo.

O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca à jovem que durou exatamente 17 anos. Em janeiro de 2002, achou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia distante do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992.

Menina Afagã

A menina do Vietnã
Em 8 de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registrou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela ficou durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele.

Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com 2 filhos e reside no Canadá onde preside a Fundação Kim Phuc, dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.

A menina do Vietnã

O beijo do Hotel de Ville
Esta foto é considerada a mais vendida do mundo. Isto por conta da intrigante história com a que foi descrita durante muitos anos: segundo contava-se, esta foto foi tirada fortuitamente por Robert Doisneau enquanto encontrava-se sentado tomando um café. O fotógrafo ativava regularmente sua câmera entre as pessoas que passavam e captou esta imagem de amantes beijando-se com paixão enquanto caminhavam no meio da multidão.

Em 1992, Doisneau revelaria a história original: a foto não tinha sido tirada aleatoriamente, e que se tratava de dois andantes que pediu que posassem para sua lente, lhes enviando uma cópia da foto como agradecimento. 55 anos após Françoise Bornet (a mulher do beijo) reclamou os direitos de imagem das cópias da imagem e recebeu 200 mil dólares.

Beijo no Hotel

Execução em Saigon
Eddie Adams, correspondente em 13 guerras, obteve por esta foto que mostra o assassinato, em 1 de fevereiro de 1968, por parte do chefe de polícia de Saigon, a sangue frio, de um guerrilheiro do Vietcong, um prêmio Pulitzer; mas ficou tão emocionalmente atingido com ela que converteu-se em fotógrafo paisagístico.

Execução em Saigon

Espreitando a morte
Em 1994, o fotógrafo Sudanês Kevin Carter venceu o Pulitzer de fotojornalismo com uma foto tomada na região de Ayod (aldeia em Suam), que viajou o mundo inteiro. A figura esquelética de uma pequena garota, totalmente desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra de um abutre se encontra espreitando e esperando o momento da morte da garota.

Quatro meses depois, consumido pela culpa e acarretado por uma grave dependência às drogas, Kevin Carter suicidou-se. Essa imagem é bastante dilemática, pois trava aquela batalha que polariza a função do profissional com a função do ser humano.

Espreitando a morte

O beijo da Times Square
O Beijo de despedida a Guerra foi feita por Victor Jorgensen na Times Square em 14 de Agosto de 1945, onde um soldado da marinha norte-americana beija apaixonadamente uma enfermeira.

O que é fora do comum para aquela época é que os dois personagens não eram um casal, eram estranhos que haviam acabado de encontrar-se.

O beijo da Times Square

O homem do tanque de Tiananmen
Também conhecido como o Rebelde Desconhecido, este foi o apelido que foi atribuído a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa.

A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo.

Praça Tiananmen

Protesto silencioso
Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita que sacrificou-se até a morte numa rua super movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963.

Seu ato foi repetido por outros monges. Enquanto seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído.

Protesto Silencioso

The Falling Man
The Falling Man é o título de uma fotografia tirada por Richard Drew durante os atentados do 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do WTC. Na imagem pode-se ver um homem atirando-se de uma das torres.

The Falling Man

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