Polícia Federal – A Lei é Para Todos
“A visão crítica não tem a obrigação de excluir os aspectos relativos ao enviesamento do autor para sua própria análise”
Por NoSet
Não há nada melhor que lançar um filme inteiramente sobre escândalos de corrupção e gigantescas investigações policiais sobre o nosso intrincado jogo político numa época onde reina a polarização ideológica, não é mesmo? Pois é, não é. E sendo, talvez, um pouco alarmista, diria que pode ser até perigoso. Qualquer meio que provoque um discurso direito (ou indireto) sobre a atual situação do nosso país tenderá a inflamar o ímpeto dos mais apaixonados pela obrigação de se posicionar.
Mas, então, o momento não ser bom, significa que é errado? Um dos papéis da Arte, se é que existe uma cartilha a se seguir, é de representar, através de seus meios, quaisquer reflexões acerca do que seu autor pretende. No caso do cinema, acredito muito quando dizem que todo filme é, invariavelmente, um discurso político no sentido mais abrangente. A partir do momento que é transportada a nossa subjetividade a uma obra, é impossível se dissociar de um posicionamento, mesmo que ele esteja escondido nas entrelinhas.
Aponto tudo isso pelo seguinte..