Bruxa de Blair
“Mas, enfim, Bruxa de Blair (em uma feliz utilização de um nome mais clean para diferenciá-lo do original) até que funciona ao emular as principais características de seu antecessor”
Por João Paulo Barreto
Creio até que demorou tempo demais para que o fenômeno de 1999, The Blair Witch Project, filme de terror em formato documental dirigido por Daniel Myrick e Eduardo Sanches sob o troco de orçamento que é a bagatela de 60 mil dólares trazer um retorno mundial de quase 250 milhões de dólares.
Sim, foram 17 anos de diferença entre aquele filme e uma continuação realizada nos mesmos moldes (Bruxa de Blair 2 – O Livro das Sombras, lançado em 2000 e sem as características do original não conta). De lá para cá, uma revolução digital aconteceu. O Big Brother se tornou um dos mais populares programas de TV. Realmente, a demora surpreende. Aqui, novas e menores câmeras digitais; equipamentos de captação minúsculos que podem ser usados como bluetooths no ouvido; drones; GPS; google maps; internet 3G, enfim, tudo o que poderia ser possível de ser utilizado no intuito de não permitir que um grupo de jovens se perdesse em uma flores foi utilizado. Mas, ainda assim, eles se perderam.
Mas, enfim, Bruxa de Blair (em uma feliz utilização de um nome mais clean para diferenciá-lo do original) até que funciona ao emular as principais características de seu antecessor do século passado e, pelo menos, poupa o espectador de overdoses de câmeras trêmulas, uma vez que o seu original ficou notório por levar muitos espectadores a sentir enjôos por conta do excesso de imagens tremidas.