Miss Violence
O filme do cineasta Alexandros Avranas foi vencedor do Leão de Prata no Festival de Veneza, além de receber o Copa Volpi de melhor ator para Themis Panou
Quem acompanhou a 37a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo certamente tem na memória ainda o filme Miss Violence, dirigido e escrito por Alexandros Avranas. O filme (co-roteirizado por Avranas e Kostas Peroulis) que tem estreia prevista para o dia 25 de setembro, recebeu o Leão de Prata de direção, o Copa Volpi de melhor ator para Themis Panou, o prêmio Feodora de melhor filme na mostra competitiva e o prêmio Young Cinema, no Festival de Veneza. Esteve em muitas listas de melhores filmes do ano e agora será exibido em circuito comercial no Brasil.
História
No dia de seu aniversário de 11 anos, a menina Angeliki pula da sacada e morre com um sorriso no rosto. Enquanto a polícia e o serviço social tentam descobrir a razão para o aparente suicidio, a família da garota insiste que foi tudo um acidente. Qual é o segredo que Angeliki guardou com ela? Por que sua família insiste em tentar esquecê-la e seguir em frente?
Avranas
O cineasta recebeu 7 prêmios no 49o Festival Internacional de Cinema de Thessaloniki, na Grécia, com seu primeiro longa metragem Without, com o qual também foi indicado no Festival Internacional de Cinema de Milão. Já com Miss Violence, ganhou o Leão de Prata no Festival de Veneza, além de prêmios no Festival de Cinema Helênico, no Festival de Cinema de Montreal e no Festival de Cinema de Stockholm.
Quando falou a respeito de seu mais recente trabalho, Miss Violence, o diretor explicou que essa garota que se mata ao início do filme é o símbolo de muitas outras crianças que tem de se submeter as regras de uma sociedade implacável, dura e sem esperanças, e que recebem todo o tipo de exploração e manipulação de uma espécie de sistema que algumas pessoas ainda chamam de família. O que o cineasta põe em questão são as relações de poder e sobre isso, pergunta:
“Quem tem o poder: a pessoa que ataca ou o que sente a dor? E complementa: “A violência mais dura é a do silêncio. Do não dito. Da regularidade que encobre todo vazio emocional criado pelo exercício do poder”.