A peça transpõe para a cena o humor sarcástico da obra original para narrar a saga desse anti-herói do mundo contemporâneo (Foto: Divulgação / Assessoria)
“Através de uma linguagem dinâmica, a peça transpõe para a cena o humor sarcástico da obra original para narrar a saga desse anti-herói do mundo contemporâneo”
Por Úrsula Neves
Como me Tornei Estúpido, originalmente um livro escrito pelo escritor e antropólogo francês Martin Page, conta, de forma bem-humorada, a história de Antônio, um sujeito que é contrário às normas e imposições sociais que conduzem a maioria dos cidadãos.
Na peça, o personagem enxerga a sua própria inteligência como um perigo iminente, pois ela seria a responsável pela dolorosa consciência da banalidade da vida. Ou seja, sua sabedoria é também o seu maior fardo. Decide, então, buscar uma solução para o problema: tornar-se estúpido. Desse modo, ao se transformar num sujeito ordinariamente comum, poderá finalmente viver sossegado em um mundo caótico e sem sentido.
“Os quatro atores entram no palco e, ainda sem os personagens, conversam sobre o mundo contemporâneo. O ponto de partida é uma campanha publicitária de uma marca de roupa em que vende a ideia de que ser estúpido é ser bacana. O slogan era be stupid. Algo como “os inteligentes não criam, os estúpidos fazem melhor”. É realmente a inversão dos valores. Isso realmente aconteceu! Era a campanha de uma marca muito famosa”, explica o diretor Sérgio Módena.
Através de uma linguagem dinâmica, a peça transpõe para a cena o humor sarcástico da obra original para narrar a saga desse anti-herói do mundo contemporâneo. Através de uma concepção baseada em diversas referências à cultura pop, o texto e a direção propõem um diálogo com as plateias interessadas na reflexão do mundo atual. Na produção, os atores interpretam diversos personagens e brincam com a teatralidade das situações inusitadas que surgem no desenrolar das histórias.
FICHA TÉCNICA Dramaturgia: Pedro Kosovski Direção: Sérgio Módena
Elenco: Alexandre Barros, Gustavo Wabner, Marino Rocha e Rodrigo Fagundes
Iluminação: Fernanda e Tiago Mantovani Cenário: Sérgio Módena e Carlos Augusto Campos Figurino: Flávio Souza Trilha Sonora: Marcelo Alonso Neves Projeto Gráfico: Gustavo Wabner Direção de Produção: Ana Paula Abreu e Renata Blasi
Realização: Sesc
SERVIÇO Como me tornei estúpido
Temporada:
Até 27 de março
Dias e horários: De quinta a sábado, às 19h. Aos domingos, às 18 horas
Local: Teatro Sesc Ginástico – Av. Graça Aranha, 187 – Centro.
Telefone: (21) 2279-4027
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 5 (associados Sesc), R$ 10 (estudantes e idosos) e R$ 20 (inteira)
Jornalista carioca, mãe do Heitor. Gestora de Comunidade & Gerente de Projetos do Digitais do Marketing. Repórter do site Cabine Cultural. Adora ler, assistir séries pelo Netflix, ir ao cinema e teatro, navegar pela internet e viajar acordada ou dormindo.