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Globo exibe nesta sexta o último episódio da minissérie Raízes

Roots – Imagem: Canal History Divulgação

Minissérie teve oito episódios e trouxe um elenco premiado com atores como Laurence Fishburne (vencedor do Emmy), Forrest Whitaker (vencedor do Oscar), Anna Paquin (vencedora do Oscar), Jonathan Rhys Meyers e Anika Noni Rose

A saga de Raízes, minissérie exibida pela Rede Globo durante estas últimas duas semanas começa quando Kunta Kinte é capturado em sua terra natal, Gâmbia, e vendido como escravo para o fazendeiro John Waller, na América colonial. A história de Kunta Kinte faz eco na de milhões de norte-americanos de origem africana e revelam poderosas verdades sobre a resistência universal do espírito humano.

Aclamada pela crítica, a série é uma refilmagem de outra que teve ainda mais notoriedade em sua época, e que ganhou quase todos os prêmios que concorreu. O tema ajuda, pois é dos mais relevantes e obrigatórios para entendermos um pouco da evolução histórica de nossa sociedade. Uma pena que tivemos que aprender com tantas experiências trágicas, que só menosprezaram a ideia de convívio pacífico entre iguais.

E ainda assim, mesmo com tantas experiências tristes, ainda cabe a pergunta: evoluímos mesmo no que se refere à questões raciais?

O canal fechado History exibiu uma série de especiais antes da estreia da minissérie no canal; isto em meados de 2016. E um deles mostrava a triste realidade do mundo atual.

Números assustadores revelam o cenário da escravidão moderna
Em todo o mundo, há 49 milhões de pessoas que são exploradas sexualmente, forçadas a realizar trabalhos em condições subumanas ou que são até mesmo traficadas, segundo o relatório publicado no Índice Global de Escravidão da Fundação Walk Free.

Esse número estarrecedor revela que, desde 2014, a escravidão aumentou 28%, ou seja, há 10 milhões a mais de escravos no mundo, segundo um relatório que avaliou a situação em 167 países.

Entre as populações, um dos piores cenários, de acordo com o estudo, ocorre na Coreia do Norte, onde estima-se que 4,37% da sua população é vítima da escravidão moderna. Também é o país com a menor resposta governamental na questão de ações tomadas para combater essa terrível prática. Depois, aparecem Uzbequistão (3,97%), seguido por Camboja (1,65%). No entanto, em números absolutos, a Índia lidera com 18,35 milhões de pessoas, seguida pela China, com 3,39 milhões.

Outro especial mostrava que nós também somos responsáveis por reproduzir ideias racistas, mesmo sem querer…continue a leitura

12 expressões racistas que você usa sem saber
“Me empresta um lápis cor de pele?” Se esta pergunta não causou incômodo, talvez seja hora de você pensar sobre expressões nada sutis que contribuem para a persistência do racismo na cultura brasileira

Mais de 300 anos de passado escravista não se apagam facilmente. Sinal disso é a extensa lista de expressões das quais as pessoas nem percebem a conotação racista. São tantas que, em 2009, o professor de biologia Luiz Henrique Rosa fez um levantamento no Rio de Janeiro. Junto com seu alunos, contabilizou 360 termos de cunho racista, no projeto “Qual é a graça”. Isso só na escola em que ele leciona.

Palavras dizem muito sobre a história e a cultura de uma sociedade. Quando expressões como “mulata” ou “a coisa tá preta” se tornam naturais, é indício do quanto a opressão e o preconceito estão incorporados à visão de mundo das pessoas. Entre sutilezas, brincadeiras e aparentes elogios, a violência simbólica se amplia quando expressões como estas são repetidas:…continua a leitura

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