Quando eu era Vivo
A Mostra de Cinema de Tiradentes, em sua 17ª edição (24 de janeiro e 1º de fevereiro de 2014), inaugura o calendário audiovisual no Brasil com a pré-estreia nacional de Quando Eu Era Vivo. Dirigido por Marco Dutra, produzido pela RT Features, com distribuição da Vitrine Filmes, Quando Eu Era Vivo é um longa que fala sobre complexas relações familiares e a impossibilidade de recuperar o passado, sob um inusitado viés de suspense.
Filme
Baseado no livro A Arte de Produzir Efeito Sem Causa, de Lourenço Mutarelli, Quando Eu Era Vivo conta a história de Júnior (Marat Descartes), um jovem que passa por um divórcio traumático e busca abrigo na casa do pai, Sênior (Antonio Fagundes), com quem mantinha uma relação distante. Lá, nada lembra o lar em que viveu quando jovem. O pai se tornou um homem estranho, rejuvenescido à base de exercícios físicos e bronzeamento artificial. Os objetos e fotos da mãe, morta há alguns anos, foram encaixotados e trancados no quartinho dos fundos.
No quarto que dividia com o irmão, Pedro (Kiko Bertholini), agora vive a inquilina Bruna (Sandy Leah), jovem estudante de música que veio do interior para se formar. Após encontrar objetos que remetem ao passado e à sua mãe, Júnior desenvolve uma obsessão pela história de sua família e tenta recuperar algo que aconteceu em sua infância e que, até hoje, o assombra.
Marat Descartes, que vive o protagonista Júnior, será o homenageado da 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes. O tributo mantém a linha recente do evento de celebrar nomes de profissionais com menos tempo de carreira, mas com escolhas autorais de trabalho, como é o caso de suas elogiadas atuações em Trabalhar Cansa (2011), de Marco Dutra e Juliana Rojas e Super Nada (2012) dirigido por Rubens Rewald, e pelo qual Marat ganhou o Kikito de melhor atuação no 40o Festival de Gramado, em 2012.