Crítica

Tela Quente desta segunda, 8 de janeiro, exibe Malévola. Veja crítica

Malévola

Filme foi um dos grandes sucessos dos últimos anos; Tela Quente desta segunda, dia 8 de janeiro, começa logo após a novela O Outro lado do Paraíso

Tal como em 2017, a seção Tela Quente exibe o filme Malévola logo no início do ano. O fato deve ser por conta das férias escolares, e por conta do enorme sucesso que a produção estrelada por Angelina Jolie fez no mundo inteiro.

O filme é baseado no conto da Bela Adormecida, e conta a história de Malévola, a protetora do reino dos Moors. Desde pequena, esta garota com chifres e asas mantém a paz entre dois reinos diferentes, até se apaixonar pelo garoto Stefan (Sharlto Copley).

A seção Tela Quente desta segunda, dia 8 de janeiro, começa logo após a novela O Outro lado do Paraíso.

Assista pois vale a pena.

Crítica

O filme é baseado no conto da Bela Adormecida e narra a história de Malévola, a linda Angelina Jolie, uma mulher que, movida pelo sentimento de vingança, coloca um feitiço em Aurora (a também linda Elle Fanning), a filha do rei; esse, um ex-amigo de infância de Malévola. No feitiço fica dito que Aurora, ao completar seus dezesseis anos, entrará em sono profundo e somente acordará se receber um beijo movido pelo amor verdadeiro. É esta basicamente a premissa de tudo o que vemos no filme.

Acontece que esse dito sentimento de vingança que leva Malévola a colocar o feitiço em Aurora é bastante compreensível e decorrente da traição sofrida por ela pelo seu então melhor amigo, que viria a ser o Rei. Ainda assim, esse sentimento é anulado com o passar do tempo e com a convivência das duas, a ‘vilã’ e a ‘mocinha’. Elas passam a desenvolver uma relação muito mais amorosa que a desenvolvida entre Aurora e seu pai, ou entre Aurora e suas três tias fadas. E ainda, em todos os momentos da história – do início até o seu final, Malévola somente reage, nunca age por livre e espontânea vontade de fazer o mal.

Esse elemento é bem interessante, já que desde o começo que os humanos buscam adentrar ou destruir a floresta que serve de lar para a fada Jolie e seus habitantes. E o sentimento de vingança que permeia por toda a história é muito mais sentida no rei, que busca a todo instante destruir e até mesmo matar a personagem que dá título ao filme.

E por fim, o amor verdadeiro que se tornou um elemento bem icônico na história da Bela Adormecida, nesta versão da história é dado por ninguém mais, ninguém menos que… a própria Malévola. Mais heroína que isso impossível.

Dito isso, alguns pontos extras que não poderia deixar de mencionar:

Primeiro, o termo Bela Adormecida fica aqui um tanto descaracterizado, haja vista que Aurora não ficou nem uns minutinhos sequer em sono profundo. Muitos cochilos dados depois do almoço são mais longos que seu sono infinito.

O trabalho visual do filme chama bastante atenção e é resultado direto da escolha do diretor, que trabalhou como designer de produção em filmes como Alice no País das Maravilhas e Avatar. Percebe-se claramente tais influências, sobretudo de Avatar. Mas ele peca por não conseguir construir uma identidade para o projeto, que é aparentemente dark, com uma vibe bem gótica, mas que se contrapõe com a história, bem boba e sem densidade dramática alguma.

Assim, entre defeitos e virtudes, Malévola se mostra como uma interessante experiência para a garotada, pois foge um pouco das tradicionais histórias infantis. Com uma bela fotografia e um trabalho visual chamativo, o filme acaba agradando aos olhos. No campo narrativo, bem, é sempre um prazer ver Angelina Jolie e Elle Fanning atuando, ainda mais juntas num mesmo filme. Isso é motivo suficiente para não se desesperar ao fim da história.

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