Chico Buarque
Sobre a carreira de músico e compositor de Chico não vale muitas divagações porque é lugar comum que sua obra nesse campo é impecável e mesmo excepcional
Por Cristiana de Oliveira
José Miguel Wisnik (músico, compositor e professor de Literatura Brasileira) no Seminário de Crítica de Artes na sala Walter da Silveira nessa terça-feira, dia 20 de setembro de 2011, quando questionado sobre sua vida artística, musical e seu envolvimento com a literatura, fez referência louvável à trajetória de Chico Buarque de Holanda.
Sobre a carreira de músico e compositor de Chico não vale muitas divagações porque é lugar comum que sua obra nesse campo é impecável e mesmo excepcional. A referência se voltou para o Chico escritor e de como sua obra romanesca dialoga com sua obra musical. Isso se daria de forma harmônica e bem construída? Para quem leu ao menos um dos quatro romances de Chico pode responder com um sonoro e inquestionável “sim”. O fato de ser bom compositor e bom músico não o impede de ser também e ao mesmo tempo excelente escritor, na verdade parece funcionar como impulso, como peças de um mesmo jogo que bem se encaixam e trazem inigualável prazer. Além de se destacar como ativista social na década de 70, musicista teatral, co-autor cinematográfico e até mesmo ator, Chico se mostra, como parece também concordar o professor, como um artista completo, com todas as vertentes que essa palavra pode ter.
Chico é autor de quatro romances: Estorvo (de 1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003) e Leite derramado (2009). Recentemente (em julho de 2011) lançou um álbum intitulado “Chico”, totalmente inédito, com suas poesias e crônicas maravilhosamente musicadas. Vale, sem sombra de dúvidas, várias e repetidas horas de muito prazer, com o Chico da literatura, da música, do teatro, do cinema, com o Chico das Artes!!!!!
Cristiana de Oliveira
Cristiana de Oliveira é professora universitária, crítica cultural e editora do site