Em Nome da Lei
“Em seu fraco roteiro, o veterano diretor Sergio Rezende apresenta uma espécie de faroeste moderno e até se sai bem na ambientação do local no que se refere à violência”
Por João Paulo Barreto
Lançado em um momento oportuno da cena política brasileira, Em Nome da Lei até que não faz referências explicitas ao juiz Sergio Moro na construção do personagem vivido por Mateus Solano, aqui, também um magistrado. Porém, é impossível não lembrar da figura jovial do responsável pelas investigações da lava-jato na presença do juiz Vitor Ferreira, que assume como titular na comarca de uma cidade situada na fronteira com o Paraguai, terra sem lei e dominada por um chefão do tráfico.
Em seu fraco roteiro, o veterano diretor Sergio Rezende apresenta uma espécie de faroeste moderno e até se sai bem na ambientação do local no que se refere à violência e insegurança. No entanto, há detalhes na construção de seus personagens e na criação um tanto novelesca de suas tramas paralelas que não deixam de incomodar o espectador no decorrer da apresentação e desenvolvimento destes elementos.
A começar pelo próprio Vitor, que chega à cidade com ar de galã e já começa a demonstrar uma falta de profissionalismo ao cantar sua procuradora na primeira semana de trabalho. Ok, admito que seria difícil se concentrar tanto na labuta tendo na sala ao lado (e no quarto vizinho do hotel, friso) alguém tão bonita quanto Paolla Oliveira, que vive a procuradora Alice Costa.