Um Espião e Meio
“Aqui, acompanhando Johnson, que tem 1,93m de altura, está o comediante Kevin Hart que, com 1,63m, cria um ótimo paralelo com o gigante na necessária comédia visual que o filme pede”
Por João Paulo Barreto
Do mesmo modo que Arnold Schwarzenegger redesenhou sua carreira no final da década de 1980 e começo dos anos 1990 ao se aproximar de uma comédia que brincasse com seu tamanho e o colocasse em situações deslocadas do seu universo comum de filmes de ação, Dwayne Johnson, ex-atleta de luta livre, parece ter descoberto a comédia como um dos modos de explorar sua veia cômica. E, acredite, o brucutu funciona na missão de fazer rir.
Parte dessa desenvoltura se deve ao carisma de Johnson, que consegue convencer tanto na pele de um agente barra pesada como visto nos filmes da franquia Velozes e Furiosos, como na função do mesmo agente barra pesada, mas com passado escolar traumático e repleto de bullying, que vemos nesse novo Um Espião e Meio. Claro que a fórmula de juntar dois personagens díspares, um atrapalhado e o outro focado na exatidão de seus movimentos, não é novidade. Chris Tucker e Jackie Chan, Nick Frost e Simon Pegg, dentre outros, são bons exemplos de como a ideia funciona bem.
Aqui, acompanhando Johnson, que tem 1,93m de altura, está o comediante Kevin Hart que, com 1,63m, cria um ótimo paralelo com o gigante na necessária comédia visual que o filme pede. No papel de Bob Stone, um ex-gordinho que decidiu entrar em forma após ser humilhado no fim do colegial (o efeito que transforma The Rock em um gordinho impressiona).