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Crítica Safe: 2º episódio mantém ritmo e aprofunda trama

História da Netflix chega ao segundo episódio sem o paradeiro de Jenny, mas com a certeza de que seu namorado está morto

Depois de um episódio de estreia muito bem roteirizado, mas que deixou dezenas de lacunas para serem preenchidas ao longo dos oito episódios da primeira temporada, “Safe” chega ao 2º episódio entregando momentos tão bons quanto o da estreia.

Tom, personagem de Michael C hall, parte desde os primeiros segundos do episódio em busca do paradeiro de sua filha, e logo vem a primeira e grande pista: ela foi levada para casa pelo seu melhor amigo, o também médico Pete. Desde o primeiro instante que o vídeo focou na possibilidade de Pete ter alguma responsabilidade no desaparecimento de Jenny que deu para perceber que o roteiro buscava era enganar o público e ganhar mais algumas cenas. Seria fácil demais encontrarmos um culpado tão rápido para o grande mistério desta temporada, aparentemente.

Claro que facilmente o mal entendido foi resolvido e ele assumiu que a levou para casa, mas logo depois ela saiu novamente, desta vez sozinha. Esta sequência mostra o quão perdidas estão as duas detetives da cidade, Sophie e Emma. A primeira, com interesse acima do normal e do profissional, e a segunda com algum grande segredo que deverá ser mostrado em breve. Sim, Safe até aqui tem tocado na tecla de que todos possuem segredos.

Sobre o rumo do desaparecimento de Jenny e a morte de Chris, o roteiro foi bem confuso com a história da família de Jojo, sua esposa e filha. Talvez até mesmo por isso o episódio tenha necessitado de alguns retornos, flashbacks, para que as coisas fizessem sentido. Agora sabemos o que aconteceu com o namorado de Jenny, e cá entre nós, foi bem frustrante a cena que mostra o que aconteceu. Porém o foco de Safe certamente não está no fato em si, mas sim no entorno, em como cada personagem reage ou se encontra nos momentos, antes, durante e depois, da morte de Chris.

A história da professora acusada de assédio contra um estudante menor também soa desde o início falsa, mas ainda não há elementos para sabermos o que pode estar por trás das fotos dela nua e do conteúdo achado no seu armário no colégio. Esta parte da história acaba ficando um pouco deslocada da trama central, mas quem sabe elas nãos e cruzam.

O trabalho de Michael C Hall neste segundo episódio, e também no piloto, lembra muito os trejeitos de seu personagem ícone, Dexter. Não que o ator não seja talentoso o suficiente para se desprender, mas é que de fato ambos possuem coisas em comum, sobretudo a angustia, seja da alma, como Dexter, seja de questões emocionais, como Tom.

O segundo episódio de Safe manteve o bom ritmo do início e já deu algumas respostas. Sim, estamos diante de uma trama que resolveu contar como os personagens de um condomínio fechado de classe média podem reunir segredos, mentiras e outras coisas mais.

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