Literatura

Mistress América: uma comédia moderna com diálogos inteligentes

Mistress América

Estilo de filme alternativo para quem se propõe a curtir comédia  moderna

Por Marcia Bessa

Mistress América (EUA) é um filme cult , direção de Noah Baumbach, que segue a mesma linha do seu filme anterior Frances Ha.

Com diálogos inteligentes, divertido e acelerado, com certa ironia fala do papel da mulher na sociedade contemporânea, de amizade entre mulheres, aprendizagem mútua e como construir  sua história de vida. “Toda história é uma história de traição”, com este lema mostra lições de vida de mulheres com ânsia de viver e realizar algo concreto, com seus defeitos e virtudes como toda pessoa comum.

Tracy (Lola Kirke) nos seus 18 anos é uma caloura de Literatura na Faculdade de Nova York, com dificuldade de adaptação, que se sente isolada nesta grande metrópole. Sua mãe então propõe conhecer Brooke (Greta Gerwig), a filha de seu futuro padrasto. Este encontro gera uma química e sintonia imediata entre as duas jovens. Brooke, no auge dos seus 30 anos, tem a vivência e energia que Tracy procura, inclusive estimula Tracy a escrever um conto sobre a personagem de Brooke, eis o título do filme.

Brooke por sua vez, encontra em Tracy a plateia que precisava para se reafirmar. Será que a segurança  que a descolada Brooke demonstra, conseguirá se sustentar nos questionamentos da jovem Tracy?

Trilha sonora coerente com o roteiro do filme, boa fotografia, a plateia tem que sintonizar com a incoerência e expectativas de vida, crescimento e amadurecimento  profissional de duas jovens em gerações diferentes. Estilo de filme alternativo para quem se propõe a curtir comédia  moderna.

Marcia Amado Bessa é enfermeira e escreve para o blog de cinema Cine Amado

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