Cássia Eller
Obra revela detalhes sobre a morte e a vida pessoal e profissional da cantora; filme vai ao ar hoje às 22h30 na faixa GNT.Doc
Um dos ícones de nossa música, Cássia Eller deixará saudades por muito tempo ainda. Sua falta é sentida por todos que amam música feita com honestidade, coração e talento. Para os que viveram no seu tempo, e para as novas gerações, uma boa forma de entender a artista é assistindo o Documentário Cássia Eller, de Paulo Henrique Fontenelle, que o canal pago GNT exibe na noite desta quinta-feira, dia 27 de maio, às 22h30.
Filme
A partir de imagens de shows, ensaios, entrevistas e cenas da intimidade da cantora, a obra – uma coprodução do GNT com a Migdal Filmes – revela uma personalidade marcante para a memória da cultura musical brasileira. A relação de Cássia com as drogas, o sucesso, a gravidez inesperada, sua sexualidade, a pressão da fama, a timidez e a sua morte são alguns dos assuntos abordados.
O filme, também exibido nos cinemas, apresenta depoimentos de pessoas que foram próximas da cantora, como o filho Chicão e a companheira Maria Eugenia, os jornalistas Tárik de Souza e Arthur Dapieve e, também, artistas e amigos como Zélia Duncan, Nando Reis e Oswaldo Montenegro. “Por isso ela era tão perturbadora, de repente a mulher macho que cospe, aparece de vestido e grávida. Mesmo sem querer ela ajudou muita gente, fez muita gente pensar, então ela tinha essa função na vida de perturbar e isso não é pra qualquer um”, diz Zélia.
Crítica
Esse documentário é um dos poucos que trata-se de uma obra extremamente empolgante, elucidadora e, principalmente, corajosa. O filme não esconde a relação dela com as drogas e os vários casos que teve fora da relação de vários anos com a companheira Maria Eugênia, que é uma das principais entrevistadas da produção. Você poderá ficar perplexo, com eu fiquei, com o caso da morte do pai do filho da Cássia, o músico Daniel, que morreu uma semana antes do nascimento de Chicão – que aparece ao final do filme apenas para “assombrar” o espectador com as semelhanças com a mãe.
Cássia Eller
Um filme extraordinário sobre uma pessoa extraordinária – uma gatona, uma tigresa extraordinária que nos deixou cedo demais. Um filme suave, mas deve ser, para alguns, muito revelador descobrir que ela morreu em decorrência de um infarto e não da tão divulgada overdose. É muito divertido vê-la numa entrevista para Jô Soares em que revelava ser a segunda cantora favorita do filho, perdendo para Marisa Monte. Mas o diretor tratou da breve, mas importantíssima, disputa judicial pela guarda de Chicão após a morte da artista, quando pela primeira vez na história a Justiça brasileira concedeu a guarda de uma criança para uma companheira da mãe.
SERVIÇO
Cássia Eller 28 de Maio
Quinta, às 22h30