Cinema

Cidades de Papel: filme atinge em cheio o público jovem

Cidades de Papel

“Com bom roteiro e direção, boa fotografia,  diálogos espirituosos, apesar dos personagens bem construídos, falta certo carisma e emoção aos protagonistas.”

Por Marcia Bessa

O filme Cidades de Papel (EUA), direção  de Jake Schreier, é uma livre adaptação  do livro homônimo de John Green (Paper Towns, no original), autor conhecido por vários livros sendo A Culpa é das Estrelas o mais famoso.

Nat Wolff (Quentim Jacobsen) é um adolescente que desde a infância nutre um amor platônico por sua vizinha Margo Roth Spiegelman (Cara Delevingne), uma  jovem misteriosa e enigmática.

Uma certa noite Margo invade o quarto de Nat Wolff, pede o carro da mãe dele emprestado e o chama para participar de um plano de vingança. A princípio o jovem Nat reluta, mas termina fazendo a  vontade de Margo.

Quando Margo desaparece, Nat Wolff não se conforma e vai à sua procura, mesmo os pais dela dizendo que é uma atitude normal da filha.  Para isto conta com a ajuda de dois amigos da escola e uma amiga de Margo.

Em clima de suspense e mistério, este drama  juvenil  tipo road movie mostra a pressão  familiar e social que os jovens  sofrem,  inclusive quando são diferentes da maioria.

Com bom roteiro e direção, boa fotografia,  diálogos espirituosos, apesar dos personagens bem construídos, falta certo carisma e emoção aos protagonistas. Um destaque para o jovem ator Austin Abrams, no papel do engraçado amigo Ben Starling.

Interessante a inversão de temperamentos dos jovens, os meninos são certinhos enquanto as meninas são descoladas e com espírito aventureiro.

Drama com certa dose de humor que atinge em cheio o público jovem. Em uma única cena rápida em que  o ator Ansel Elgort (protagonista do filme A Culpa é das Estrelas) aparece, uma euforia com gritinhos da plateia. E no final da sessão, aplausos da garotada que curtiram o filme.

Marcia Bessa é enfermeira e escreve para o ótimo blog Cine Amado

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