Dirigido por Ruben Fleischer. Roteirizado por Jeff Pinkner, Scott Rosenberg, Kelly Marcel. Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed, Scott Haze, Reid Scott, Jenny Slate, Woody Harrelson, Sope Aluko, Scott Deckert, Marcella Bragio, Michelle Lee, Mac Brandt, Christian Convery, Sam Medina
O Universo Cinematográfico da Marvel trouxe aos fãs e ao público geral muitas adaptações emblemáticas do cinema e passamos a conhecer de perto vários personagens. Por um lado, a narrativa leve e o tom humorístico que são amplamente utilizados permitem que famílias, crianças, adolescentes, ou seja, todas as idades possam apreciar as histórias (com exceção de alguns, como Deadpool) e faz com que o seu público alvo aumente. Por outro lado, no entanto, a fórmula “mágica” encontrada e tão repetida pelos produtores, roteiristas e diretores se torna cada vez mais cansativa, podendo reduzir significadamente o impacto de certos filmes. Infelizmente, isso é o que acontece com Venom.
Isto porque, curiosamente, o vilão dos quadrinhos do Super-Homem é o herói mocinho na tela do cinema. É o amigo de Eddie Brock (Hardy) que faz piada, dá conselhos e subitamente vai contra sua natureza destrutiva e decide ficar na terra porque “ele gostou” e porque ele também é um “loser” como o protagonista. Neste contexto, a jornada de adaptação entre hospedeiro e parasita e seu potencial destrutivo fica prejudicada em prol de uma aceitação emocional, mais do que uma transformação física e psicológica – há pouquíssimos momentos em que isso é explorado.
Não somente o espírito de Venom que é traído, aliás, a história jamais tem qualquer conexão com o Homem-Aranha, mas o próprio roteiro é igualmente cheio de furos e elipses mal conduzidas. São seis meses que o parasita chega a São Francisco? Como há uma facilidade de uma criança entrar em um laboratório químico? Como a Dra. Doria (Slate) magicamente encontra Eddie no mercado? Continua a leitura