Crítica

Vale a pena? Tela Quente desta segunda na Globo exibe Deadpool

Deadpool

Tela Quente desta segunda, dia 14 de maio, mostra um dos filmes mais bem sucedidos destes últimos anos no cinema americano

Anti herói. Sarcástico, sem pudor, boca suja. Esse é Deadpool, personagem da Marvel que dá título ao filme que será exibido nesta segunda, dia 14 de maio, na sessão Tela Quente da Rede Globo.

O filme, que começa logo após a novela Onde Nascem os Fortes, é uma ótima opção para esta segunda.

Mas antes de assistir, a pergunta que não quere calar: vale a pena assistir Deadpool?

Crítica

Desde seus créditos iniciais, percebe-se uma proposta diferenciada para Deadpool, adaptação dos quadrinhos do personagem mais anárquico da Marvel Comics. Ao invés dos nomes dos produtores, atores, roteiristas e diretor, uma descrição nonsense e chula de cada indivíduo é feita. “Uma garota gostosa”, “um vilão com sotaque britânico”, “roteiristas: estes, sim, os verdadeiros heróis aqui” e “um diretor que se acha”. Sim, desde o começo, sabemos que não vamos presenciar um filme comum, mas um exemplo louvável de como adaptar para o cinema toda a comédia encontrada nas páginas de seu material original.

Na história, o “fazedor de serviços sujos” Wade Wilson descobre que tem câncer terminal e recebe uma proposta de um grupo de cientistas para se submeter a um doloroso experimento que, supostamente, vai ativar a mutação em suas células. A cura virá, mas uma deformação como efeito colateral, juntamente a um fator de cura e superforça, também. Na busca pelo indivíduo que o curou, mas não sem antes de fazê-lo sofrer e lhe dar a esperança de que poderia lhe devolver sua aparência anterior, Deadpool tem a desculpa certa para destilar sua ironia e humor doentio em cada frame. E, claro, há a busca pelo salvamento da não tão ingênua mocinha.

Levando ao extremo a metalinguagem e a quebra da quarta parede, o roteiro de Paul Wernick e Rhett Reese, ambos com experiência nestes conceitos após o hilário Zumbilândia, é uma licença para que diversas piadas sejam feitas com o universo dos quadrinhos no cinema, desde citações de heróis que a produtora não tinha licença para usar (“rima com Pouverine”) a geniais perguntas do personagem principal, como quando é cogitada pelo x-man Colossus sua visita ao professor Xavier (“Stewart ou McAvoy? Essas novas linhas temporais me confundem”)…

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