The Blacklist – Season Pilot
A Lista Negra tem na atuação de Spader seu ponto forte; seu roteiro também é inteligente e sua premissa central continua sendo peculiar e interessante
A Rede Globo começou a exibir na última sexta-feira a série The Blacklist, uma das maiores audiências da televisão americana, que exibe atualmente a sua terceira temporada.
A Globo usou a tradução literal e seu nome no Brasil é Lista Negra.
The Blacklist foi ao final de sua primeira temporada, exibida lá em 2013/2014, uma das grandes surpresas daquele ano, tanto em termos de audiência quanto em qualidades de roteiro. A audiência da série, que está desde o seu início na grade de programação da Rede NBC, é uma das maiores, perdendo somente para o reality musical The Voice.
A história
A história de The Blacklist (A Lista Negra) gira em torno do personagem Raymond Reddington (interpretado por James Spader), um dos criminosos mais procurados pelo FBI, que em um determinado momento se apresenta às autoridades americanas. Ele promete entregar diversos criminosos e terroristas desde que trate dos assuntos somente com Elizabeth Keen, uma funcionária novata do FBI.
Esta é a interessante premissa da série, que se desenvolve com uma pergunta principal: por que ele escolheu justamente a policial Keen? E mais: qual a relação existente entre eles? Essas respostas em algum momento serão dadas.
Estrutura narrativa
É bem interessante a estrutura narrativa da série, que a cada episódio apresenta um nome (e o seu respectivo número na lista negra) para ser capturado pela força-tarefa criada pelo FBI com a ajuda de Reddington. The Blacklist tem a seu favor o fato de possuir uma história central (mistério, suspense e drama).
Traições, relacionamentos pessoais e mortes de personagens interessantes fizeram parte da primeira temporada desta longa história. Alguns momentos chegaram a quase ser cansativos, principalmente naquela velha discussão envolvendo séries que trabalham em torno de agências como FBI ou CIA: como criar uma polícia que não seja muito capacitada, pois caso isso acontecesse não teríamos uma história, já que os vilões seriam pegos facilmente por eles?
James Spader
A Lista Negra tem na atuação de Spader seu ponto forte; seu roteiro também é inteligente e sua premissa central continua sendo peculiar e interessante. Os atores secundários, no entanto, não conseguiram chamar atenção e são – quase todos – descartáveis. Mas ainda assim, entre erros e acertos, vale muito a pena separar um tempo e correr toda a sexta-feira para ver, ou rever, mais um episódio da série na Rede Globo.