Coluna da jornalista Camila Botto sobre tudo que acontece no mundo televisivo
Velho Chico
Bom até aqui, Afrânio, personagem de Rodrigo Santoro, ganhará ares de vilão a partir de hoje em Velho Chico. O coronel mandará queimar o galpão que o capitão Ernesto Rosa (Rodrigo Lombardi) armazena sua produção de algodão.
Clemente (Julio Machado) e outros jagunços serão surpreendidos por Belmiro (Chico Diaz), que alerta haver algo errado. O fato marca o início de grande amizade entre Rosa e Belmiro e também uma série de maldades que serão cometidas por Afrânio.
“Ele vai pagar pelo que fez. Ora, se vai! Descanse agora, rapaz. Nós conversaremos sobre isso amanhã”, diz Rosa para um Belmiro bastante debilitado.
Ao mesmo tempo, o público verá Afrânio desesperado. “Eu não devia ter lhe dado ouvidos. Devia era ter resolvido a coisa do meu jeito, conversando civilizadamente com essa gente”, afirma em conversa com Clemente.
Afrânio (Rodrigo Santoro)
A estreia de Velho Chico bateu a estreia das quatro novelas anteriores na faixa das 21h. Em São Paulo, a trama de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, alcançou 35 pontos de média, com 52% de participação.
No Rio de Janeiro, a trama ambientada no sertão nordestino marcou 38 de média, com 55% de participação. Até então, A Regra do Jogo (2015) havia registrado 31 pontos na capital paulista; Babilônia (2015), 33; Império (2014), 32; e Em Família (2014), 33. As últimas a alcançarem 35 pontos foram Amor à Vida (2013) e Salve Jorge (2012).
Cada ponto equivale a cerca de 69 mil domicílios. Em outras praças, Velho Chico também se saiu bem: chegou aos 44 pontos em Porto Alegre, 34 em Goiânia, 30 em Manaus e 43 em Salvador.
Além da audiência televisiva, Velho Chico causou nas redes sociais: ganhou elogios pela bela fotografia, excelente interpretações dos artistas e direção competente de Luiz Fernando Carvalho.
Para sorte de Benedito Ruy Barbosa, que deu um fora daqueles com seu comentário homofóbico, uma novela é feita a várias mãos, e até aqui, as que fazem Velho Chico chamam atenção pelo primor.
Formada em jornalismo com pós-graduação em mídias digitais, Camila Botto é colunista do Cabine Cultural, editora-chefe do Feminino e Além, autora do livro Segredos Confessáveis e sócia da Dendê Cult Press.