Mindhunter
“Desde o início do piloto, o protagonista – e o espectador – é confrontado com a seguinte questão: a mente maliciosa e o impulso para a violência e o crime é algo nato ou desenvolvido ao longo dos anos na vida de alguém?”
Por Gabriella Tomasi
“Psicologia forense não é para muitos. É um assunto extremamente delicado e profundo, mas principalmente, há que se ter uma mente muita aberta quando se quer analisar o psíquico de pessoas muito perigosas. Mindhuner, a nova série disponível no catálogo da Netflix, protagonizada por Jonathan Groff como o Agente do FBI Holden Ford e dirigida por ninguém mais e ninguém menos que David Fincher, adentramos nos primeiros passos da história da criminologia que eventualmente classificou e identificou os padrões de distúrbios para os posteriormente denominados “serial killer” na década de 70.
Não é à toa que esse estudo inédito é compartilhado com vários departamentos de delegacia ao redor dos Estados Unidos na companhia de seus colegas Agente Bill Tench e na sequencia a psicóloga Dra. Wendy Carr, cujas teorias desenvolvidas prontamente chamam a atenção para casos locais de difícil solução.
Desde o início do piloto, o protagonista – e o espectador – é confrontado com a seguinte questão: a mente maliciosa e o impulso para a violência e o crime é algo nato ou desenvolvido ao longo dos anos na vida de alguém? Somos introduzidos à pessoas que cometem os mais abomináveis atos como, por exemplo, Ed Kemper que decapita suas vítimas e depois faz sexo com seus corpos. Ainda assim, o que será que o motivou a fazer não só uma, mas 35 vezes? Na década em questão, a criminalidade era considerada praticamente nata, adotando as teorias de Cesare Lombroso acerca de características físicas específicas como instrumento para identificação do criminoso, embora houvesse uma discussão acadêmica sobre o assunto… Continua a leitura