Animal não é brinquedo
Adotar um animal é um ato de amor valioso; pense sempre neles – um gato, um cão, um hamster… – como um novo membro de sua família
Dia das Crianças. Momento mágico do ano em que pais buscam de todas as formas encontrar aquele presente que fará os olhos de seus filhos brilharem como estrelas. As crianças, por sua vez, esperam a vinda – tal como no Natal – de um herói que chegará lhe trazendo felicidade e, é claro, aquele presente que tanto ele precisa para sorrir.
Em tese, essa união é perfeita. Em tese.
Acontece que muitos pais ainda associam a adoção (ou pior ainda, a compra) de filhotes de cães e de gatos com a ideia de um presente perfeito, de algo que com toda a certeza fará seu filho, ou filha, pular do sofá de tanta alegria.
Não que isso não seja perfeito, afinal de contas, não há dádiva maior para um humano que poder compartilhar de sua vida com um gatinho ou um cãozinho, seres divinos. O que atrapalha é a falta de planejamento, de responsabilidade, de pensar no futuro, de pensar em todas as consequências de levar um animal para o seio da família.
O que vemos recorrentemente são gatos e cães sendo adotados (ou comprados) em outubro e sendo abandonados em dezembro, quando a família entra de férias e não pode levá-lo consigo. Outra questão bem comum consiste em usar a dinâmica do ‘presente’ com a criança. Sabemos que toda a criança perde com o tempo o interesse pelo seu presente, normalmente um brinquedo.
O que hoje é novidade amanhã não será mais. Dar um animal de presente como se fosse um brinquedo pode trazer como resultado um abandono precoce, que só fará mal ao bicho, fiquem sabendo que muitos se traumatizam por conta disto.
Outro grande erro é não pensar no futuro. Um filhote de cão ou gato que hoje é pequeno e fofo amanhã talvez não seja mais. Eles farão xixi pela casa, destruirão algum objeto da sala (o sofá, certamente), vão fazer barulho… E mais, vão precisar de veterinário, boa alimentação, remédios, vacinas, passeios…
É preciso entender que animal não é brinquedo, e está bem longe de ser um objeto. Eles sofrem, sentem fome, frio, medo… e não podem de forma alguma pagar pelas irresponsabilidades de seus adotantes – ou donos.
Adotar um animal é um ato de amor valioso; pense sempre neles – um gato, um cão, um hamster… – como um novo membro de sua família, pois sinceramente é o que eles de fato passarão a ser. Ter esta ideia em mente é o primeiro passo para uma linda jornada junto com seu filho de quatro patas.
Então, se você deseja presentear seu filho com um animal neste Dia das Crianças, lembre-se sempre de oferecer atenção, um lugar confortável, alimentação, vacinas, respeito e amor. Não até dezembro, mas por toda uma vida.
E caso não possa garantir tudo isso, compre um boneco, ou quem sabe um vídeo game. Nós, amantes da causa animal, agradeceremos de coração.