Burning Man Art on Fire
O filme mostra a conexão intrínseca entre a arte e a alma de uma comunidade capaz de transformar um deserto vazio em uma das maiores galerias de arte do mundo. As gravações foram feitas na edição 2018 do festival Burning Man.
“Art on Fire”, o novo documentário sobre a arte do icônico festival Burning Man, foi lançado no final de agosto em diversas plataformas incluindo Amazon Prime, Google Play, Apple TV, Vimeo e iTunes. Dirigido pelo vencedor do BAFTA, Gerald Fox, e produzido por Sophia Swire, o filme retrata os bastidores da impressionante cidade artística instalada temporariamente no árido Black Rock Desert, ao norte do estado de Nevada, nos Estados Unidos.
Burning Man Art on Fire
O documentário de 90 minutos consegue sintetizar as dificuldades e os triunfos dos artistas por trás do famoso evento do verão americano. Entre difíceis condições climáticas, com momentos tempestades de poeira cegantes e outros desafios, a comunidade do Burning Man impõe sua visão de arte radical em um ambiente que mistura “Mad Max” às festas de Ibiza.
Art on Fire segue os responsáveis pelo magnífico layout do festival, em especial os artistas e voluntários envolvidos com as poderosas instalações cenográficas desta galeria a céu aberto chamada de “Playa”, e seus esforços dramáticos para criar peças, construções, templos e bases humanas.
A narrativa ricamente cinematográfica de vários personagens se desenrola ao longo de meses enquanto eles imaginam, constroem e, por fim, queimam as principais estruturas desta cidade extraordinária. Além disso, o filme fornece uma visão da natureza em torno do deserto escaldante de Nevada.
Segundo a equipe envolvida no projeto, Art on Fire foi feito logo após a morte repentina do idealizador do Burning Man, Larry Harvey, assunto que, inclusive, faz parte do roteiro. O documentário é inspirado também no livro homônimo de Jennifer Raiser e na exposição “No Spectators: The Art of Burning Man” que apresentavam o festival como um movimento de contracultura.
Burning Man Art on Fire
“Burning Man: Art on Fire” foi anunciado e disponibilizado, em primeira mão, no Kindling, site de eventos virtuais sem fins lucrativos do Burning Man, e exibido no Festival Internacional de Filmes de Arte (FIFA) de Montreal, no Canadá. Agora pode ser visto pelos fãs e admiradores de arte do mundo todo.
O festival Burning Man, que acontece no deserto de Nevada desde 1986, acabou por se tornar uma megacelebração capaz de reunir milhares de pessoas. Conhecida como Black Rock City, ao longo dos anos o local se transformou na Meca da performance artística em meio à um dos ambientes mais hostis do planeta. Experimentos de arte, música, roupas estravagantes, corpos nus, carros estilizados, entre outros tipos de manifestações culturais culminam no rituam de queima de uma grande efígie de madeira (“o Homem”), na última noite do festival.
O maior evento com a estética Burning Man fora dos Estados Unidos é o AfriKaBurn, que acontece na África do Sul desde 2007. Em formato mais compacto, o festival tem sede em Stonehenge, uma fazenda privada na região desértica de Tankwa, a aproximadamente 5 horas da Cidade do Cabo.
Em 2020, época em que as pessoas estão incapacitadas de se reunir pessoalmente por consequência da pandemia, o Burning Man terá uma versão online adequada ao tema deste ano “Multiverso”. A Virtual Black Rock City 2020 acontece entre 30 de agosto e 7 de setembro, com transmissões a partir de oito universos artísticos, e pode ser acessada via smartphone, desktop ou dispositivos com realidade virtual, para uma melhor experiência.
Veja o teaser do Burning Man: Art on Fire