Crítica

Canal Warner exibe nesta quinta “O Candidato Honesto”. Leia crítica

O Candidato Honesto – Divulgação

“O Candidato Honesto” terá exibição nesta quinta, dia 14 de junho, no canal fechado Warner, às 22h30

Nesta quinta, dia 14 de junho, o canal fechado Warner vai exibir uma comédia nacional que flerta bastante com a atual situação do país: “O Candidato Honesto”. O filme, que foi para os cinemas em 2014, estreou numa das épocas mais conturbadas do país, em meio às eleições que culminaram no segundo mandato da Presidente Dilma, que acabou não sendo completado.

O filme será exibido às 22h30.

A trama

João Ernesto Praxedes conquistou grande popularidade como presidente do Sindicato dos Motoristas de Ônibus. Sem surpresas, ele se tornou um político corrupto. Eventualmente, ele se candidata à Presidência da República para tirar vantagem de sua popularidade a fim de conseguir a posição de maior destaque numa república. Mentindo horrores, João fica muito à frente nas pesquisas e vai para o segundo turno das eleições com tranquilidade, mas ele recebe uma mandinga da avó, uma espécie de benção disfarçada de maldição, que faz com que o político não possa mais mentir. Agora começa o grande problema: como vencer uma eleição presidencial falando apenas a verdade? Será que ele vai conseguir superar esse desafio?

Crítica

Vamos pegar a premissa como exemplo: o filme, dirigido pelo cineasta Roberto Santucci narra a trajetória do político corrupto João Ernesto, interpretado por Leandro Hassum, favorito nas pesquisas para as próximas eleições presidenciais, até que, em um encontro com a sua avó, que está prestes a morrer, ele recebe uma maldição dela, que o faz ser a partir daquele instante uma pessoa honesta. Tal comportamento, para um político brasileiro, é o fim do mundo. O Candidato Honesto então parte do mesmo lugar que partiu, décadas atrás, o filme O Mentiroso, estrelado por Jim Carrey, o que não é problema algum, já que o cinema atual tem sido marcado por ideias que são reutilizáveis a todo o momento.

A premissa então seria bacana, é um campo fértil para criticar a política no país, e ainda fazer um humor, que se bem feito, proporcionaria muitas risadas do público. Trabalhar com a ideia de um político não poder mentir é perfeita, sobretudo no período que o filme estrategicamente trabalhou para estrear (as nossas eleições). O pequeno problema foi novamente trazer o Leandro Hassum para estrelar o filme. Leandro só neste ano já esteve em Até que a sorte os separe 2 e Vestida para Casar, e em ambos os filmes interpretou o mesmo personagem meio abobalhado que se utiliza de expressões faciais e tiradas cômicas de duvidoso gosto para fazer rir. E é inegável que em alguns momentos ele consegue, o seu talento para isso é imenso e não podemos deixar de destacar esta sua faceta.

Porém, o que fica ao final de cada filme protagonizado por ele é a ideia de que a história pouco importa, o que vale mesmo é ter o Leandro por uma hora e meia fazendo suas caretas e contando suas piadas nas telonas. O público ficará satisfeito somente com isso, pois esta estrutura de filme traz como parceira a ideia de ir ver um filme sem compromisso, só pra desanuviar a mente. Se quiser parar para pensar, que vá assistir ao filme do Woody Allen!

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