Que Mal eu fiz a Deus
“Muito besteirol, piadas repetitivas e pasteurizadas, mas a palavra chave é diversão. E isso acontece com a plateia, que rir sem se constranger, fundamental!”
Por Marcia Bessa
Que Mal Eu Fiz a Deus? (França) é o tipo do filme que tem a intenção de fazer a plateia se divertir. Com direção de Philippe de Chauveron, esta comédia sucesso na França, levou milhões de espectadores ao cinema.
Com piadas inteligentes, fala de um tema atual, a imigração de estrangeiros na Europa e o preconceito dos franceses. Com clichês repetitivos e previsíveis, esta comédia é um deboche com seu humor sarcástico e até ofensivo, mas surpreende ao conseguir leveza e levar o público a gargalhadas sem constrangimento, eis a fórmula de sucesso do filme.
Claude e Marie Verneiul (Christian Clavier e Chantal Lauby) é um casal de franceses conservadores, católicos e preconceituosos, que têm o desgosto de ver as suas três filhas casadas com imigrantes judeu, chinês e argelino. E eles apostam todas as fichas no casamento da sua 4ª. filha Laure (Élodie Fontan) em uma cerimônia religiosa tradicional. Acontece que o futuro genro é um africano da Costa do Marfim, cujos pais também são conservadores e preconceituosos.
Os atritos quando o casal se reúne com filhas e genros são hilários, como se os franceses fossem superiores a outras etnias. O casal Verneiul representados pelos atores Chistian Clavier e Cantal Lauby estão ótimos, destilando pura ironia. Enfim, muito besteirol, piadas repetitivas e pasteurizadas, mas a palavra chave é diversão. E isso acontece com a plateia, que rir sem se constranger, fundamental!
Marcia Bessa é enfermeira e escreve para o blog de cinema Cine Amado