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Coletivo Pi estreia novo espetáculo em São Paulo

O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos

Novo projeto do grupo é o espetáculo O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos, fruto de sua ocupação artística na Casa das Caldeiras

O Coletivo Pi, grupo criado em 2009 pelas atrizes e diretoras Pâmella Cruz e Priscilla Toscano estreia no dia 21 de setembro o seu mais novo espetáculo, chamado O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos, que é fruto de sua ocupação artística na Casa das Caldeiras. O coletivo realiza intervenções e ações híbridas a partir do meio urbano e dos espaços públicos, e trabalha com a proposta de abrir diálogo entre as diversas artes, tais como o teatro, vídeo, instalações plásticas, dança, entre outras.

O novo espetáculo busca levar ao público reflexões sobre como vivemos nas grandes cidades, as escolhas cotidianas que influenciam a vida de cada um, no que diz respeito à moradia, segurança e convivência coletiva, questionando também as relações que se estabelecem entre o sujeito e o espaço urbano.

Bienal
O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos  surgiu a partir de um dos temas da 29° Bienal de Artes de São Paulo: O que é invisível na cidade?. A construção do espetáculo foi inspirada nas leituras do grupo sobre os trabalhos dos pensadores Michel Foucault e Zygmunt Bauman, que discursam sobre a vida na sociedade contemporânea, e propõe ao público uma imersão na arquitetura da região e no próprio organismo urbano, do qual somos partes.

Espetáculo
A montagem tem como base propositora a especulação imobiliária e o conceito de viver em segurança nas grandes metrópoles. Tudo começa com o público sendo recepcionado por um corretor de imóveis, que trata a todos como compradores em potencial. Todos então são levados a um tour pela região e pela própria Casa das Caldeiras, para ser apresentado a um novo conceito em moradia ousado e inovador: O Complexo Sol Nascente (um empreendimento imobiliário, que se torna o mote principal para colocar em evidência os acontecimentos banais na aparente normalidade do cotidiano).

Com esta premissa, o roteiro trata da vida agitada das grandes metrópoles e traz como seu fio-condutor, uma mulher comum: a personagem Norma, que durante o espetáculo passa por situações reconhecidas e/ou vividas pelo público, em seu dia-a-dia.

O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos

O espetáculo apresenta temporada totalmente gratuita, sendo um espetáculo itinerante, partindo do espaço da Associação Cultural Casa das Caldeiras e caminhando pelas ruas da região. A temporada deve durar até o final de outubro, com três apresentações semanais incluindo agenda de sessões fechadas para estudantes de Instituições de Ensino Superior e escolas de Arte.

Uma ótima pedida para os paulistanos questionarem as estruturas que cercam uma das maiores cidades da América Latina.

SERVIÇO 21/09 à 28/10 Domingos ás 20h30 / Segundas e terças ás 20h Exceto: 23 de setembro e 07, 14 e 21 de outubro (terças-feiras) Entrada Gratuita – Chegar com 20 minutos de antecedência para retirar o ingresso Acima de 18 anos Capacidade: 20 pessoas

Associação Casa das Caldeiras – Av. Francisco Matarazzo, 2.000 – Estacionamento no local.

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