Crítica

Crítica: “A Casa”, reality que chegou para bagunçar a televisão

A Casa

Reality promete redefinir o conceito e entregar o programa mais próximo da ideia de caos na televisão

Se tudo der certo, o reality “A Casa”, nova aposta da Record, será um enorme sucesso, tanto de audiência, quanto de crítica. Com uma promessa de revolucionar o conceito de reality show, o programa tem uma das premissas mais insanas da atualidade.

Vejamos: O que acontece quando 100 desconhecidos são desafiados a conviver juntos em uma casa projetada para comportar apenas quatro pessoas?

Sim, esta é a ideia inicial, com 100 pessoas entrando numa casa que comporta 4 pessoas confortavelmente. Outra particularidade é o fato de não existir confinamento, pois as pessoas podem sair a qualquer momento, já que a casa é aberta. A questão é: quem vai sair por último? A decisão não é do público, mas sim dos próprios participantes. Insano? Talvez.

Um dos pontos que podem levar “A Casa” ao caminho do sucesso se chama Marcos Mion. O apresentador, que viveu sua melhor fase artística na época da MTV, tem um perfil tão caótico (no bom sentido) quanto a premissa do programa e o que ele propõe. Marcos é inteligente, engraçado, e sobretudo, sem noção, mesmo com a maturidade que ele adquiriu com o tempo e com a paternidade.

“A Casa” sob sua tutela pode se transformar numa divertida experiência social e televisiva. Vamos ver brigas? Pode acreditar que sim. Vamos ver namoros? Talvez. Vamos ver disputas? Provavelmente. Como será feito isso só os próximos programas para dar uma melhor ideia.

A dinâmica do programa
Na casa, de 120m², existem apenas quatro camas, quatro toalhas e apenas dois banheiros. Ou seja, cerca de 1m² de espaço para cada participante. “É um reality de sobrevivência que, ao invés de ser na selva, é em uma casa”, declara Rodrigo Carelli, diretor geral do programa. No total, são 15 câmeras robóticas espalhadas pela casa e também câmeras portáteis que andam pelo espaço e ficarão visíveis para quem assiste pela televisão.

Os personagens
Um fator que conta contra o reality é a quantidade gigante de participantes. Com um número tão grande ficará difícil conhecermos eles direito. Sem conhecer, se torna muito mais difícil criar empatia, torcida ou aversão. Os realitys de sucesso vivem disso, mesmo se o foco não seja isso, como MasterChef, ou o próprio Dancing Brasil, da mesma Record. Veja que muitas vezes a torcida vai para o candidato que claramente não é o mais eficiente, ou o melhor.

Aqui não teremos esta possibilidade inicial, então a edição terá que ser muito mais competente que o normal. E assim a responsabilidade em torno de Marcos Mion aumenta, pois ele será o grande nome por trás do projeto. Dificilmente teremos um participante que ganhe tanto destaque quanto ele.

O reality A CASA vai ao ar às terças e quintas-feiras, logo após o Jornal da Record, com apresentação de Marcos Mion, produção da Fremantle, direção de Edu Pupo e direção geral de Rodrigo Carelli.

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