Águas Rasas
“No filme, a jovem surfista Nancy (Blake Lively) visita a praia onde sua mãe esteve quando ainda a carregava na barriga, um local paradisíaco localizado na costa mexicana”
Por João Paulo Barreto
Curioso como 41 anos depois de Tubarão, o clássico de Steven Spielberg que ganhou várias continuações e cópias fajutas com o passar das décadas, ter lançado o medo em banhistas de todo o mundo (incluindo este que vos escreve), a ideia de uma criatura marinha a atacar pessoas em praias ainda consiga atrair atenção.
Desde paródias absurdas como a franquia Sharknado, passando por divertidas aberrações como Do Fundo do Mar, o tema tubarões assassinos parece não se esgotar. Dessa vez, o resultado consegue convencer em termos de suspense e apreensão causados no espectador que encontra em Águas Rasas 90 minutos de tensão, uma protagonista feminina que se impõe muito bem diante das adversidades, um cenário paradisíaco impressionante e um final catártico que, apesar de um tanto absurdo em sua engenharia, consegue fechar bem a história.
No filme, a jovem surfista Nancy (Blake Lively) visita a praia onde sua mãe esteve quando ainda a carregava na barriga, um local paradisíaco localizado na costa mexicana. De modo eficiente e econômico, o roteiro de Anthony Jaswinski insere na narrativa a história prévia da protagonista através de conversas via Skype que ela tem com sua irmã e com seu pai. Sem a necessidade de flashbacks que interrompam a fluidez e a energia da trama, conhecemos, através de imagens das conversas, sua trajetória de ex-estudante de medicina.