Crítica

Crítica Batman vs Superman – A Origem da Justiça: visual incrível, pontas soltas e um final forçado

Batman vs Superman

“Vale citar que a forma atropelada com que os outros personagens a compor a Liga da Justiça é inserida, não colabora com a naturalidade de sua proposta. Em um aspecto de análise fora do filme, percebe-se como o planejamento da Marvel na apresentação de seus elementos no cinema fez falta à DC Comics”

Por João Paulo Barreto

Um dos grandes méritos na escolha da abordagem dos roteiristas Chris Terrio e David S. Goyer para a história de Batman vs Superman – A Origem da Justiça está na sua premissa quase que exclusiva para a ideia dos deuses entre nós. Ao inserir os delírios de um Lex Luthor terrorista no aspecto da discussão da necessidade dos superseres caminhar entre os seres humanos, o filme de Zack Snyder acerta por trazer uma discussão pertinente e, até onde pode, calcada no real a um universo fantasioso.

Desde a sua abertura, com os créditos iniciais sendo inseridos de maneira sóbria (e com mais uma dramatização da morte dos pais de Bruce Wayne, friso) percebe-se uma tentativa de se criar um tom diferenciado para a obra. Não a ponto de se negar como um filme de super herói, mas conseguindo criar uma ambientação que condiz com um universo soturno, mais relacionado à Gotham do morcego do que à ensolarada Metropolis do homem de aço, por mais absurdamente próximas geograficamente que as cidades possam parecer na trama.

Infelizmente, após desenhada esta perspectiva, Snyder parece ter se sentido por demais à vontade para abordá-la com a habitual grandiloquência e apetite para destruição na execução do longa.

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