Caça-Fantasmas 2016
“O novo longa acaba servindo apenas como, apesar dos ocasionais risos aqui e ali, uma fraca homenagem”
Por João Paulo Barreto
Sentir-se nostálgico em certos momentos de Caça-Fantasmas, versão século XXI das aventuras estreladas por Bill Murray, Dan Aykroyd, Harold Ramis e Ernie Hudson nos anos 1980, foi inevitável. As aparições surpresa dos quatro integrantes da equipe original, de fato, causou certos risos de saudade (sim, conseguiram arrumar uma sutil maneira de colocar o falecido Ramis entre as aparições do filme – e não como um fantasma, friso).
No entanto, deve-se tomar cuidado para não confundir tal sentimento com um atestado de qualidade do filme dirigido por Paul Feig. Aqui, muito do carisma de Peter Venkman, Raymond Stantz, Egon Spengler e Winston Zeddmore, os caçadores originais, não se encontra nas suas versões femininas.
Claro, seria pedir demais que a ironia do Venkman de Bill Murray pudesse ser trazida à tona em alguma das fracas comediantes que compõem a nova equipe. Porém, apesar de errar ao tentar inserir uma versão “cientista tresloucada” na postura às vezes irritante de Kate McKinnon, que não funciona com seu mode “tô nem aí” e nos seus trejeitos oriundos do Saturday Night Live, ou na atrapalhada Erin Gilbert de Kristen Wiig.