Crítica

Crítica – Com Margot Robbie, A Lenda de Tarzan entrega o que promete: muita aventura e bom humor

A Lenda de Tarzan

“Apesar de se manter como uma história realizada a partir da visão do colonizador europeu e sua ingerência na vida das tribos que deseja dominar, sendo necessário um herói branco para que a vida daquelas pessoas não corra riscos, A Lenda de Tarzan acaba por entregar o que promete”

Por João Paulo Barreto

É inegável que tenha havido certo preconceito com a proposta de se atualizar o herói Tarzan para o século XXI. Até mesmo este escriba aqui ficou com um pé atrás quando soube que a produção havia recebido o sinal verde e que seria ambientada não como uma introdução, mas como um retorno do personagem às suas origens africanas. No entanto, o que parecia uma ideia um tanto descabida, começou a fazer sentido no momento em que as primeiras imagens de Alexander Skarsgard no papel do herói surgiram e, claro, quando o primeiro trailer foi divulgado. E todo preconceito acabou caindo por terra na sessão onde a nova aventura não só convenceu, como até empolgou.

A ambientação escolhida pelo diretor dos quatro últimos filmes do Harry Potter, David Yates, demonstrou-se acertada ao centrar o primeiro ato da trama na Londres do começo do século XX, denotando, assim, uma eficiente recriação de época ao exibir a capital inglesa na sua transição entre rural e urbana. No período em questão, o império belga começa a levantar suspeitas de escravidão no Congo africano e um emissário dos Estados Unidos (Samuel L. Jackson) decide persuadir o já aclimatado e urbano John Clayton, vulgo Tarzan, a retornar à selva no intuito de ajudá-lo na investigação.

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