Elza Soares
“Elza Soares foi, é e sempre será relevante, mais que relevante até, não importa o que faça”
Por Luis Fernando Pereira para o Midiorama
No último sábado, dia 23 de janeiro, mais precisamente às 21 horas, a cidade de Salvador se transformou no palco de uma histórica apresentação da mais recente turnê da diva máxima Elza Soares, intitulada A Mulher do Fim do Mundo.
O show, resultado do último e premiado álbum da cantora, foi visto e apreciado por um Teatro Castro Alves (o mais tradicional da cidade) lotado e bastante excitado. Elza, ao longo de pouco menos de uma hora e meia de apresentação, conseguiu criar uma atmosfera tão poderosa que fez o público aplaudir de pé ao seu final.
Os motivos para tal êxtase podem ser colocados da seguinte maneira:
Álbum novo
A Mulher do Fim do Mundo, o álbum, é o primeiro dos 34 discos da carreira de Elza só com músicas novas. Trata-se de um trabalho que já nasceu icônico e que soa arrebatador no palco, no ao vivo. No TCA, que possui uma acústica admirável, a voz de Elza adquiriu ainda mais força, e a cada música que cantava, mais o público tinha a certeza de que se tratava de algo inesquecível. As onze canções inéditas do CD são jogadas para os fãs, que as recebem de braços abertos.
Os fãs, por sinal, são a cereja do bolo desta nova fase de Elza. É incrível como o seu público se renovou e isto estava perceptível no show de Elza em Salvador: muitos e muitos jovens, reflexo da corajosa escolha da cantora em – mesmo com uma carreira já consolidada – ter atualizado suas referências e encarado de peito aberto um desafio como este que foi gravar o seu mais recente álbum. Continua a leitura
Luis Fernando Pereira é crítico cultural e editor/administrador do site