Dirigido por Peter Farrelly. Roteirizado por Nick Vallelonga, Brian Hayes Currie, Peter Farrelly. Elenco: Viggo Mortensen, Mahershala Ali, Linda Cardellini, Dimeter Marinov, Mike Hatton, Iqbal Theba, Sebastian Maniscalco, P.J. Byrne, Montrel Miller, Tom Virtue, Dennis W. Hall, Randal Gonzalez, Maggie Nixon, Brian Distance
Green Book conta a história, basicamente, de Conduzindo Miss Daisy (1989) mas com papéis invertidos. Na década de 60, o músico negro Don Shirley (Ali) contrata o motorista ítalo-americano Tony “Lip” (Mortensen) para acompanhá-lo em suas turnês e shows na parte do sul dos Estados Unidos, uma região e uma época em que o racismo era ainda bastante palpável.
O longa é o típico road movie, cuja narrativa você pode prever. Duas pessoas bastante diferentes e dividas por tantos aspectos que, em um primeiro momento, estão distantes uma da outra, e aos poucos se aproximam a ponto de se tornarem uma família após uma viagem que muda suas vidas para sempre. Para tanto, ambos personagens cedem o seu lado mais duro: Tony com seu jeito preconceituoso e Shirley com seu jeito enrustido passa a se abrir, principalmente em relação às vulnerabilidades que ele tenta esconder. Um argumento que já vimos inúmeras vezes e que não nos trazem nenhumas surpresas.
Green Book
Neste aspecto, o roteiro é prejudicado por alguns clichês: uma briga debaixo da chuva, o final de um personagem que acaba mudando de ideia no último segundo, os momentos heróicos que são bastante reforçados pela trilha sonora, entre outros elementos. Isso sem mencionar a lacuna não preenchida, em que Tony aceita tão rapidamente trabalhar para um negro, sendo que segundos antes o vimos jogar copos de vidro em que negros haviam usado para tomar suco…
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