La la Land Filme
Trata-se de uma obra ingênua, mas cativante. Ryan Gosling cantando e sapateando, claro, não se aproxima de Fred Astaire ou a Gene Kelly, mas, enfim, seria pedir demais para inexpressivo ator alcançar tal patamar
Por João Paulo Barreto
Existe em La La Land uma direcionamento diferente da energia vista no longa anterior do diretor Damien Chazelle. Não que isso seja um problema, de fato. Afinal, os cortes rápidos da montagem de Tom Cross, agraciado merecidamente com o Oscar pelo trabalho em Whiplash, demonstram-se mais contidos nesse revisitar dos grandes clássicos musicais de Hollywood.
Essa mudança de tom se faz presente no modo mais fluído e menos seco (estilo imprescindível para o impacto do longa de 2014) com que a narrativa de La La Land nos é apresentada. Um sinal curioso de que Chazelle, que tem apenas 32 anos, começa a amadurecer de modo louvável em seu modo de direção.
Na história simples, dois aspirantes ao sucesso se apaixonam durante os percalços para provar seus talentos e se estabelecerem naquilo que realmente amam. Ela, uma atriz que ganha a vida como balconista e que tenta encaixar na sua rotina diversos testes para papéis (o fato de trabalhar no Café dentro dos estúdios da Warner ajuda na logística).