Sobreviver a R Kelly
Em seis episódios, a produção deu origem a um dos maiores escândalos do mundo da música; estreia nesta sexta, dia 15 de março, às 20h40
O canal fechado Lifetime começa a exibir nesta sexta, dia 15 de março, o documentário que bateu recordes de audiência nos Estados Unidos e que basicamente colocou em cheque toda a vida profissional e pessoal do astro do R&B R. Kelly.
Tal como o polêmico documentário sobre Michael Jackson, este aqui, que chega com o título de “Sobreviver a R. Kelly” coloca em questionamento o caráter e as escolhas de vida de um dos maiores astros da música negra americana nos últimos 30 anos. O momento, de se questionar e combater qualquer comportamento abusivo, é mais que necessário na indústria americana, que vê nesses dois exemplos formas de afirmar que a partir de agora nenhum comportamento abusivo ou predatório irá passar. Os tempos são outros e o documentário logo em seu primeiro episódio deixa isso bem claro.
Como? Todas as vítimas que se predispuseram a participar fizeram por conta desta onda de denúncias, e por conta de um sentimento de justiça, que agora mais que nunca vem tomando conta da sociedade americana.
Os relatos são chocantes, a começar pelo foco do episódio que abre o projeto, que é a relação do cantor com a então adolescente e mega talentosa cantora Aaliyah, que infelizmente morreu em trágico acidente de avião no ano de 2001. A cantora, então com 15 anos de idade, acabou se envolvendo com o astro, que chegou a casar com ela, falsificando a data de nascimento da cantora, para fugir de processo legal por ter relações sexuais com ela.
O documentário consegue mostrar muito rapidamente que R. Kelly acaba se enquadrando dentro do termo muito usado atualmente, que é o “predador sexual”. E por mais que a sua vida, a sua infância, e o contexto pelo qual R. Kelly se enquadrou sejam problemáticos, nada pode motivar alguém a agir como ele agiu, segundo todas as vitimas que contaram as suas histórias.
Essencial para se entender a nova ordem mundial das relações interpessoais e profissionais no showbiz americano.
Entenda o documentário
Preso mais uma vez na semana passada, agora por não pagar pensão alimentícia de um de seus filhos, o cantor de R&B R.Kelly virou figurinha fácil nos jornais e portais de notícias. Após a estreia da minissérie Sobreviver a R. Kelly (Surviving R. Kelly), do Lifetime, nos Estados Unidos, que registrou recorde de audiência e tornou-se um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, diversas celebridades se posicionaram contra o músico, e até se desculparam por terem colaborado com o artista, caso de Lady Gaga, Celine Dion, John Legend, entre outros. Até a gravadora Sony/RCA rescindiu seu contrato com R. Kelly.
Também como consequência de Sobreviver a R. Kelly, em fevereiro, o cantor foi preso em Chicago devido às acusações de abuso sexual, inclusive envolvendo três menores de idade. Depois de três dias detido e pagar fiança de cem mil dólares, foi liberado. Para cada uma das dez acusações, ele pode ser condenado a até sete anos de prisão. E a polêmica não para: em entrevista recente, o cantor negou todas as acusações, e chorou. Duas namoradas defenderam o artista também em entrevista à TV dos EUA.
Em seis episódios e formato de documentário, a produção original conta tudo sobre o escândalo que envolve um dos mais celebrados e controversos cantores de R&B de todos os tempos, e que enfrenta sérias acusações de abuso sexual e conduta inapropriada com garotas menores de idade. A minissérie do Lifetime dá voz a dez vítimas e a mulheres do círculo íntimo de R. Kelly, revelando segredos que o público ainda não conhece.
Os depoimentos de Sobreviver a R. Kelly trazem novas acusações a respeito dos abusos sexuais, psicológicos e físicos de R. Kelly. Foram registrados dez casos de vítimas, por meio de 52 entrevistas, entre elas, com a ativista de direitos civis Tarana Burke, e com os músicos John Legend e Sparkle.
Também participam a apresentadora Wendy Williams, a ex-esposa do cantor, Andrea Kelly, sua ex-noiva Kitti Jones, seus irmãos Cary e Bruce Kelly, bem como outras pessoas que foram próximas a ele e que têm o firme propósito de revelar seu polêmico passado, desde os anos 1970.
O Lifetime exibe os seis episódios da série de 15 a 17 de março, sexta a domingo, a partir das 20h40.