Crítica

Crítica Link Perdido: diverte com lindas mensagens sobre o ser humano

Link Perdido

Dirigido e roteirizado por Chris Butler. Elenco de vozes originais: Zach Galifianakis, Hugh Jackman, Zoe Saldana, Stephen Fry, Emma Thompson, Timothy Olyphant, Matt Lucas, David Walliams, Amrita Acharia

O inglês Chris Butler é um diretor bastante experiente no campo das animações e, ao longo dos anos já nos proporcionou com grandes obras como, por exemplo, no roteiro de Kubo e as Cordas Mágicas (2016), concorrendo este ao Melhor Filme de Animação no Oscar de 2017, e Coralina (2009). Desta vez, Butler estreia seu segundo longa-metragem como diretor e roteirista de mais uma bela animação.

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O enredo gira em torno do aventureiro Lionel Frost (Jackman), o qual possui o sonho de explorar o mundo para provar a existência de lendas e mitos, como por exemplo o Mostro do Lago Ness, e posteriormente como tema central a existência do “link perdido”  da civilização, o Pé Grande (Galifianakis) na América do Norte. Aqui temos um protagonista cheio de vida e desejando novas aventuras. Suas manias e comportamento me lembram exatamente de quase todos os filmes que Jackman já faz, o que me faz concluir que o ator é perfeito para o papel em que atua.

Porém, o nó que desencadeia um conflito no enredo é quando Lionel espera ser aceito em um grupo de intelectuais mais velhos, cujo objetivo nunca é definido com certeza. Essa é uma das maiores falhas do longa: não estabelecer o obstáculo ou um antagonista com objetivos e personalidade definidos.

Isso porque o claro antagonista deste longa, Lord Piggot-Dunceb possui uma rejeição imensa em relação a Frost entrar para um clube e passa o filme inteiro o perseguindo e, mesmo no clímax do filme não se estabelece quais são as verdadeiras intenções dele. Como não temos ideia do que se trata o clube chefiado por ele, não sabemos porque Frost quer entrar nele, ou porque precisa provar algo para alguém, ou então porque o vilão odeia tanto ele e porque quer destruir seus planos. Isso é um buraco imenso quando se tem um roteiro que gira em torno desse conflito até os seus últimos segundos.

Outro aspecto que fica inferido, mas não de todo modo claro, é o relacionamento anterior de Adelina (Zaldana) com Frost que deixa muitas perguntas sem resposta. Apesar disso, é um filme que encantará os pequenos tendo em vista sua paleta colorida e diversificada que tanto intensifica o frio da América do Norte ou o clima tropical da Índia, quanto os climas áridos dos estados norte-americanos da California/Nevada que reconstituem o perfeito clima western.

Além disso, os lapsos temporais e espaciais que são mostrados por meio de mapas que inserem o espectador no contexto da viagem, de uma aventura, quase no estilo “Road trip” e todo o trajeto realizado é uma excelente forma de nos situar na cronologia dos eventos no filme.

Link Perdido é um filme divertido para crianças e traz lindas mensagens sobre o ser humano e sua ação na natureza, assim como a reconciliação do homem com ela. Infelizmente, seu potencial total não fora amplamente explorado, mas isso também não significa que não podemos desfrutar de algumas horas de entretenimento.

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