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Crítica MasterChef na Band: entre os profissionais, a vaidade é um problema ainda mais sério

Competidores tiveram de servir menu completo para 90 convidados, entre eles os jurados do X Factor

Programa desta terça foi recheado de situações onde a vaidade era motivo para discussões; Izabela acabou sendo a eliminada da semana

O programa desta terça, dia 18 de outubro, do MasterChef Profissionais foi bem interessante por um ponto bem específico: a vaidade exacerbada dos candidatos. Esta questão já era razoavelmente esperada, afinal de contas, seria um grupo de profissionais, alguns experientes e até com algum nome no mercado, trabalhando em grupo e com alguma hierarquia.

Foi exatamente esta questão da hierarquia que fez aflorar discussões onde por vezes era perceptível que a vaidade falava mais alto. “Como assim, você querer mandar em mim”. Esta frase não foi retirada de diálogo algum, mas era este basicamente o espírito do programa desta terça-feira, que culminou na eliminação de Izabela, que insistiu em pratos com acidez exagerada. Este talvez seja outro ponto mais ou menos observado nesta edição: os candidatos escutam menos os jurados.

O programa desta terça começou com uma prova em grupo, onde a Bandeirantes aproveitou para promover o X Factor Brasil, reality musical que não anda muito bem em audiência, mas que vem chegando aos momentos mais finais, então a promoção até que foi válida. Foram criadas duas equipes, a azul e a vermelha, e em cada uma delas, os vencedores das últimas provas como capitães: Dayse de um lado, e o seu ex-chefe, Ivo, do outro.

Com a prova iniciada vimos um verdadeiro massacre do criador para com a criatura. Todas as escolhas de Ivo o favoreceram, enquanto que com Dayse aconteceu exatamente o oposto. Todas as escolhas dela, como colocar um peixe como prato principal (e não uma carne) levaram à sua equipe para uma derrota quase que humilhante.

A prova em si foi tensa, principalmente por discussões e hierarquias não respeitadas. Priscylla, que é uma forte candidata, entrou por diversas vezes em embate com o capitão Ivo, e muitas destas vezes por não aceitar um pedido ou ordem do capitão. Por mais que estivesse certa, suas atitudes poderiam ser inadmissíveis em um restaurante profissional, pois são ações que mais atrapalham do que ajudam.

Existe uma hierarquia, que no caso do programa, é rotativa. E uma das qualidades de um Chef, cozinheiro, ou ser humano, é saber ouvir quando necessário, falar quando necessário, discutir quando necessário, e cumprir ordens quando necessário.

Este último tópico foi o mais conturbado no programa desta terça, nas duas equipes, e promete ser um grande problema daqui para frente. Existe também o outro lado, ao vermos os dois capitães em tese, agindo de forma grosseira. Claro que para alguém que não entende o contexto, eles passam uma ideia de grosseria e arrogância. Porém devemos entender que este tipo de postura é quase que tradicional no mundo de um restaurante top de linha.

Com a prova em grupo terminada, e a equipe vermelha salva, exceto Rodrigo, que teve que, mesmo vencendo a prova, ir para a eliminação, tivemos um prato bem conhecido na última edição do MasterChef: coelho.

A prova do coelho foi mais tranquila, sem aquelas situações de desespero tão comuns no MasterChef amador. Neste sentido perde um pouco a graça ver alguns cozinheiros terminando seus pratos com tanta antecedência.

Pratos colocados à mesa, e dois destaques: Marcelo, que chega ao grupo dos favoritos, sobretudo por sua linha autoral, e Rodrigo, que com seu bom humor, vem ganhando o público.

Ao final, Izabela foi a eliminada da semana, principalmente por não ouvir dicas anteriores de Paola, que já havia pedido pratos menos ácidos. Ela não ouviu, e pagou por isso.

O MasterChef Profissionais segue num caminho bem interessante, mas sem aquela mesma dramaticidade dos amadores. Fica mais difícil encontrar algum candidato pra amar, ou torcer. Mas ao menos os odiados da vez já foram escolhidos pela audiência: João e Ivo.

É isso mesmo produção?

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