Adaptação de livro foi produzida com bastante cuidado e o resultado apresenta história inocente, engraçada e adorável; na Netflix desde a sexta, dia 17 de agosto
Depois do sucesso estrondoso de “A Barraca do Beijo” a Netflix apresenta para os seus assinantes um filme com o mesmo poder inocente e encantador do mesmo, e já começa a se mostrar uma criadora de clássicos teen no gênero comédia romântica.
O filme, “Para Todos os Garotos que Já Amei” é uma adaptação literária, que inclusive já teve lançamento de sua sequência nas livrarias, o “Agora e Para Sempre, Lara Jean”, que promete dar conclusão a série e que tudo indica também terá adaptação para as telas.
Nesse primeiro filme o público passa a conhecer Lara Jean, menina amável e inocente que em um determinado momento de sua adolescência decidiu escrever cartas de amor endereçadas aos cinco meninos que ela tá havia se apaixonado nesta vida. Neste grupo está Peter (Noah Centíneo), o popular da escola, e Josh (Israel Broussard), o ex-namorado de sua irmã Margot. Outras três cartas também foram parar nos remetentes, só que um deles era um menino gay, e os outros dois ficarão para a sequência, talvez.
O filme mostra a vida de Lara Jean a partir desta descoberta e polariza os seus sentimentos nestes dois meninos, Peter e Josh. Para não brigar com a sua irmã, Lara Jean aceita a proposta de Peter, de namorarem (um fake namoro), para ela não precisar encarar Josh, e para Peter fazer ciúmes em sua ex-namorada.
Bem, não é difícil entender o que vai acontecer, até porque a trama de “Para Todos os Garotos que Já Amei” é bem focada neste namoro falso de Lara Jean com Peter, as descobertas de ambos, e o crescente sentimento que vai assolando os dois a medida que o filme vai se desenvolvendo. É o despertar para o amor de uma adolescente típica americana.
Um dos elementos mais interessantes do filme é a falta daqueles clichês escolares. Por mais que Lara não seja popular, ela também nunca foi aquela menina vítima de bullyng que é motivo de chacota em toda a escola, principalmente por parte dos tidos como populares. O filme faz um favor para o público e deixa sequências assim de lado, exceto em um ou dois momentos, com desfechos rápidos e satisfatórios.
O clima leve e inocente toma conta do filme, que não apela para cenas mais quentes, que vemos cada vez mais em filmes para adolescentes, porém trabalha com a questão da perda (Lara pela sua mãe, já falecida, e Peter pelo seu pai, que se separou de sua mãe). É algo até importante para a história, pois é mais um elo dos dois, mas que já se mostra há bastante tempo saturado em filmes do gênero.
“Para Todos os Garotos que Já Amei” é mais uma delícia de filme sessão da tarde que a Netflix apresenta para os seus assinantes. Sem picardias juvenis, nem temas muito complexos, ele foca nas experiências naturais de uma menina de 16 anos que não é tão inocente, mas que também não traz aquela bagagem que vimos em outros vários filmes com adolescentes.
Gostoso de assistir, são 90 minutos de alegria.