Pets
“Pets é o tipo de animação que, diferente das duas obras do estúdio concorrente já citado, subestima um pouco o grau de entretenimento do seu público”
Por João Paulo Barreto
Seguindo uma estrutura de desaparecimento de personagens centrais e resgate realizado pelos outros que os cercam, algo que aparenta ser um padrão nas animações recentes, Pets – A Vida Secreta dos Bichos não consegue a mesma proeza que a Pixar em seus dois exemplares do tipo (Procurando Nemo e Dory) no quesito “cativar a preocupação do espectador para com seus protagonistas”, mas, ao menos, cria boas gargalhadas ao exibir os momentos privados dos bichinhos.
Funcionando bem em seu inicio quando trabalha as horas em torno dos hábitos dos animais ao se verem sozinhos nos apartamentos (as piadas com o pug latindo para esquilos da janela, o poodle batendo cabeça com heavy metal e a utilização das hastes de uma batedeira por um daschund como cafuné estão entre as melhores), o filme, porém, perde seu ritmo quando precisa focar na missão de resgate dos protagonistas Max e Duke, que desaparecem no passeio pelo Central Park, em Nova Iorque, e acabam sendo perseguidos pela carrocinha até encontrar um grupo de bichos dissidentes que buscam vingança contra a humanidade.
Neste grupo, que leva Max e Duke com eles após resgatá-los da carrocinha, é curioso observar ecos de A Revolução dos Bichos.