Crítica

Crítica: Roda Viva (2/9) recupera relevância e recebe Glenn Greenwald

Daniela Lima – Roda Viva

Roda Viva: Últimas edições do programa contaram com nomes como Alexandre Frota, o ministro do Meio Ambiente e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia

Muitos acreditavam que o formato de programa de entrevistas, e mais especificamente o Roda Viva, um dos mais tradicionais da televisão no Brasil, tinha saturado, perdido a importância e que estava relegado a segundo plano no interesse do espectador médio. Era uma observação bem pontual e correta, afinal o programa da TV Cultura patinava em escolhas de entrevistados irrelevantes politicamente e bancadas, sobretudo apresentação, bastante irregular, salvo algumas exceções, como na época das eleições de 2018, e ainda assim com muitas críticas, como nos casos das entrevistas com Manuela D’ávila, em que os jornalistas a interrompiam incessantemente.

Pois bem, com a entrada de Daniela Lima  e o contexto político atual (bastante efervescente), o programa retomou sua relevância, conquistou um público cada vez mais plural, vindos das redes sociais, dos sites do UOL, e da programação da televisão. Desde então nomes como Rodrigo Maia, o presidente da OAB, Alexandre Frota e por último o ministro do Meio Ambiente, deram um gás gigante ao formato, ao programa, e por conta disso a edição de logo mais, com Glenn Greenwald, tem tudo para não só manter como engrandecer ainda mais o Roda Viva em 2019.

O programa desta segunda-feira

Responsável por levar a público o sistema secreto de vigilância global dos Estados Unidos e a troca de mensagens entre procuradores da Lava Jato e o o ex-juiz Sergio Moro, o jornalista e advogado constitucionalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, estará no Roda Viva, ao vivo, na segunda-feira (2/9). O programa da TV Cultura irá ao ar a partir das 22h, com apresentação de Daniela Lima e desenhos do cartunista Paulo Caruso. A entrevista também poderá ser acompanhada no site da emissora, Twitter, Facebook, YouTube e no aplicativo Cultura Digital.

Glenn Greenwald é um dos três fundadores do site The Intercept Brasil. É jornalista, advogado e autor de vários livros. Sua publicação mais recente, No Place to Hide (Sem Lugar Para Se Esconder), descreve o estado de vigilância implementado pelo governo americano e seus aprendizados durante as reportagens sobre os documentos vazados por Edward Snowden.

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Antes de fundar o Intercept, Glenn escrevia para o jornal britânico The Guardian e para o portal Salon. Por conta de suas reportagens sobre a NSA (Agência de Segurança Nacional – EUA), recebeu o Prêmio George Polk de Reportagens sobre Segurança Nacional; o Prêmio de Jornalismo Investigativo e de Jornalismo Fiscalizador da Gannett Foundation; o Prêmio Esso de Excelência em Reportagens Investigativas no Brasil (foi o primeiro estrangeiro premiado); e o Prêmio de Pioneirismo da Electronic Frontier Foundation. Ao lado de Laura Poitras, a revista Foreign Policy o indicou como um dos 100 principais pensadores globais de 2013. As reportagens sobre a NSA para o jornal The Guardian receberam o Prêmio Pulitzer de 2014 na categoria Serviço Público.

À frente do Intercept, o jornalista teve atuação decisiva na divulgação das mensagens trocadas entre procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro.

A bancada de entrevistadores será formada por André Guilherme Vieira, repórter de Política do jornal Valor Econômico; Felipe Recondo, sócio e analista-chefe do site de notícias jurídicas Jota; Gabriel Mascarenhas, repórter da coluna de Lauro Jardim do jornal O Globo; Lilian Tahan, diretora-executiva do portal Metrópoles; e Ana Maria Campos, editora de Política do Correio Braziliense.

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