Cinema

Crítica Roteiro de Casamento: esgotando a paciência de quem assiste

Roteiro de Casamento

“Mas diante de tantas cenas forçadamente engraçadas e sem um necessário timing cômico para se sustentar, como na irritante cena da cegueira ao final, a paciência se esgota logo”

Por João Paulo Barreto

Em Roteiro de Casamento, há uma tentativa pífia de se construir uma crítica à hiper-exposição de celebridades na mídia do mesmo modo como tenta criar uma análise do quão nocivo é a idealização do romance em um relacionamento.

Propondo-se funcionar como uma comédia romântica, o filme consegue até criar bons momentos na interação entre os dois protagonistas, Fabián Brando, o ator de sucesso vivido por Adrián Suar, e a novata no oficio Florencia Córmik (Valéria Bertuccelli), principalmente nas cenas em que Fabián conta vantagem em suas experiências no cinema.

No entanto, ao insistir por muito tempo nas mesmas situações, o que parece sempre focar no choro descontrolado por parte de Florencia e na postura egocêntrica de Fabian (cuja mudança, sabe-se desde o começo, será a razão para sua redenção).

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