A Menina que Roubava Livros
Emocionante, o filme consegue ser um retrato bem amargo do poder que a guerras tem sobre as crianças; depois do Altas Horas
A noite deste sábado será bem emocionante para quem decidir ficar em casa e assistir a um filme na rede aberta de televisão. O Supercine vai exibir um dos filmes mais emocionantes sobre a relação entre guerra e criança.
“A Menina que Roubava Livros” promete emocionar bastante quem ficar em casa. O filme começa logo depois do programa Altas Horas, por volta das 0h30.
Ótima opção.
Crítica
Baseado na obra homônima de Markus Zusak, “A Menina que Roubava Livros” conta a história da linda e meiga, mas também determinada garota Liesel Merminger (Sophie Nélisse), que após assistir a morte do seu irmão mais novo, passa a viver com pais adotivos e é obrigada a se adaptar a um novo lar.
Hans Hubermann (Geoffrey Rush), seu pai adotivo, um homem bom, espirituoso e bonachão, logo cai de amores pela linda Liesel. Já sua nova mãe, a dura e mantenedora da casa, Rosa Hubermann (Emily Watson), apesar de rígida na educação da menina, a ama do jeito dela.
Nesta época dominada pelo medo, injustiças sociais e atrocidades, Liesel refugia sua dor nas histórias dos livros, que por incidente da vida ela passa a roubar, usando a justificativa que pegava emprestado. E é esta leitura que reforça Liesel no mundo cruel em que ela vive e ainda ajuda o judeu Max (Ben Schnetzer), amigo da família, refugiado na casa de seus pais adotivos, por anos escondido no porão.
É interessante sentir o despertar da garota Liesel pelas palavras que passa a conhecer através da leitura, e como sua imaginação lida com este novo Universo à ser descoberto, e que servirá de base sólida para a sua personalidade marcante. Liesel se alia a seu novo amigo Rudy (Nico Liersch), um menino esperto e apaixonado por ela, capaz de tudo para defendê-la.
Um filme delicado em um ambiente pesado, onde a trilha sonora de John Williams, meio agridoce, ajuda a tirar o peso dos acontecimentos, como se o mais marcante do filme fosse contar a história desta determinada menina. Concorre ao Oscar de Melhor Trilha Sonora.