Crítica

Crítica | Tela Quente desta segunda exibe A Culpa é das Estrelas

A Culpa é das Estrelas

A Culpa é Das Estrelas traz uma história linda e emocionante saída do romance premiado do escritor John Green

Pense num filme lindo e emocionante e o resultado provavelmente será “A Culpa é das Estrelas”. Saído do livro de John Green, a história narra um amor bonito e puro de dois adolescente, Hazel Grace e Augustus. A trama será o destaque da Tela Quente desta segunda, dia 22 de janeiro, que começa logo após a estreia do BBB 18.

O filme

Diagnosticada com câncer, a adolescente Hazel Grace Lancaster se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando contra a doença, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus Waters, um rapaz que também sofre com câncer. Os dois possuem visões muito diferentes de suas doenças: Hazel preocupa-se apenas com a dor que poderá causar aos outros, já Augustus sonha em deixar a sua própria marca no mundo. Apesar das diferenças, eles se apaixonam. Juntos, atravessam os principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e fortes um para o outro.

Crítica

O roteiro, com suas metáforas e seus diálogos, impõe ao espectador uma série de mensagens que causa impacto em todos nós, independente da idade que possuímos. Como não refletir a constante discussão de Hazel e Gus sobre o que desejar da vida? Ele, com sua grandiosa vontade de se fazer inesquecível, de ser inesquecível perante o mundo, é contraposto pelas belas palavras de Hazel, que num determinado momento questiona este seu desejo, o fazendo perceber que ser lembrado por alguém que o ama (nem que seja uma pessoa somente) é tão valioso quanto ser lembrado por milhões. E neste ponto do filme podemos abrir parênteses para duas interessantes lembranças:

A primeira diz respeito à dupla de protagonistas, de um talento admirável e de uma empatia evidente. Boa parte do sucesso de A Culpa é das Estrelas se deve ao trabalho bem feito de Ansel Elgort, que ainda não tinha um trabalho marcante nos cinemas, e, sobretudo, ao enorme potencial de Shailene Woodley, que – podem anotar – será uma das grandes e premiadas atrizes americanas nos próximos anos. Ela já havia marcado presença em Os Descendentes, depois brilhou no longa-metragem cult The Espectacular Now e mais recentemente protagonizou o filme da famosa saga Divergente.

Já o segundo parênteses nos leva novamente a falar da ideia de ser lembrado por toda a posteridade. Muito interessante e sensível ambientar uma parte da história em Amsterdã, na Holanda, e principalmente levar a dupla de parceiros na famosa casa de Anne Frank. Essa sequência, uma das mais significativas do filme, é de uma beleza e relevância sem iguais. Ver a imagem de Anne Frank contraposta com a imagem de Hazel faz o espectador criar de imediato um paralelo entre essas duas lindas jovens, adolescentes, com seus sonhos, desejos, planos, pensamentos… com todo um mundo pela frente, mas que vêem todas essas possibilidades sendo destruídas por conta das trágicas doenças do mundo (um câncer ou no caso de Anne, um regime totalitário).

A Culpa é das Estrelas ainda fornece outros materiais para discussão: a metáfora com o cigarro, a relação de super proteção que ambos possuem com os pais, a interessante trilha sonora e toda a parte que envolve o livro fictício, que faz com que eles viagem para a Holanda. John Green conseguiu produzir uma história sobre amor, esperança e perseverança envolvendo dois jovens marcantes. Josh Boone e sua equipe transformaram esta história criada no livro em um dos filmes mais interessantes deste ano, sinônimo de emoção, mas com possibilidades de risos, bem produzido, com sólidas atuações e um acabamento muito inteligente. Bonito de se ver.

Shares: