Adna Souza e Renan Ribeiro na batalha do The Voice (Foto: Isabella Pinheiro/Gshow)
Programa entra nesta semana em uma nova fase, chamada de rodada de fogo; The Voice continua uma boa opção pro espectador, mas está longe do ideal
O The Voice Brasil 2015 chega a sua terceira fase, chamada de rodada de fogo, novidade desta edição e já podemos aqui dizer o que esta quarta temporada tem apresentado de bom, de ruim e de péssimo. Não que devamos ser muito rígidos, mas a questão é que o The Voice Brasil é atualmente uma das maiores audiências do canal, além de ser um dos produtos que mais arrecadam em publicidade. Ou seja, dinheiro eles possuem, então merecem ser criticados pelos erros, sim. E também elogiados pelos acertos.
E quais seriam os erros? E os acertos? Vamos listar aqui
Erros
– Os jurados do reality não estão nada inspirados nesta edição. Os argumentos que eles usavam para conquistar os candidatos eram de dar dó de tão fracos. Por conta disto, talvez, que vimos candidatos cortando jurados (Claudia Leitte), ou chamado o programa de show de calouros.
– A edição de programa continua frágil nesta fase. O início de um reality serve para apresentar bem os cantores, suas histórias, fazer o espectador gostar ou não deles. Mas isso não acontece aqui. É tudo mecânico, tal como um show de calouros. Não tem suspense, não tem drama, não tem nada. O The Voice americano (e qualquer outro) dá um banho neste quesito.
– Muito dos erros que o programa comete é resultado do pouco tempo, pouco mais de 1 hora de programa por semana. Por isso não se mostra muita coisa, incluindo as sessões de treinamentos dos técnicos com os candidatos na fase das batalhas. É de fundamental importância mostrar a relação deles com os candidatos, senão não precisaria nem ter técnicos no programa.
– Tiago Leifert anda bastante apagado nesta edição. Não que ele deva chamar atenção, mas na edição passada, por exemplo, ele já tinha, nesta mesma fase do programa, se emocionado com candidatos, inclusive chorando de alegria pela permanência de um deles.
Agnes Jamille e Larissa Melo
Acertos
– Os candidatos continuam bons. Tudo bem que ainda não apareceu nenhum grande favorito, nenhuma grande voz, mas ainda assim é de se destacar a quantidade bem grande de talentos que este país possui. A partir desta fase eles começarão a mostrar mais a personalidade que possuem, e ai veremos os campeões serem revelados.
– Michel Teló, apesar de não ser nenhuma pérola do entretenimento, está bem melhor que Daniel, e vem ao menos conversando mais e melhor com os candidatos. Daniel, que entende e canta mais que Teló, não conseguia passar todo este conhecimento para a tela da televisão. Então não adianta nada. Teló ao menos consegue dizer a que veio.
– Os assistentes continuam sendo a melhor coisa do The Voice Brasil. Eles são tão melhores que os técnicos que se todos fossem colocados como técnicos, ninguém sentiria falta. Uma pena que a participação é bem pequena, e foi ainda diminuída nesta temporada.
Assim, entre erros e acertos, aos trancos e barrancos, o The Voice Brasil vem mostrando que ainda é o reality musical mais interessante da televisão brasileira. Continua entretendo, com nomes como Claudia Leitte e continua divertindo, com nomes como Carlinhos Brown (sim, ele é chato, mas as vezes diverte). Poderia ser muito melhor: mais dinâmico, melhor editado e com mais espaço para a interação dos técnicos com os candidatos.
Resta-nos torcer agora para que as próximas fases sejam bem melhores.