Cinema

Crítica Turma da Mônica – Laços: uma ode à infância

Turma da Monica

Transposição real para as telas, Turma da Mônica – Laços dialoga tanto com geração que cresceu com os personagens quanto com crianças do presente

Seria fácil se render ao sentimento de nostalgia ao citar as origens do interesse pela leitura e pelos quadrinhos como um todo que a minha geração teve com as histórias criadas por Maurício de Sousa para falar de Turma da Mônica – Laços, filme que transporta para uma versão de carne e osso os adoráveis personagens criados pelo desenhista há mais de meio século.

Sim, claro que há esse sentimento ao visitar o cinema acompanhado por um monte de crianças que conhecem a turma em meios digitais e já convivem com o mundo virtual muito à frente dos primórdios das histórias em quadrinhos que Mônica e Cia me trouxeram lá nos anos 1980.

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Ver tal criação ainda alcançar gerações tão novas impressiona, realmente. Mas, bem mais além, assistir a Laços nessa sala repleta de crianças te faz perceber, como um adulto trintão, o fato de que o filme de Daniel Rezende consegue se conectar tão bem a uma geração de crianças e pré- adolescentes de contatos culturais tão fugazes quanto a espiada constante no smartphone ou a necessidade deslocada de se existir socialmente na internet..

Assim, reconhecer a turma da Mônica na figura da menina dentucinha, da Magali comilona, do Cascão sujinho ou do Cebolinha traquina e de fala com letras trocadas, todos em um século XXI no qual crianças não correm mais durante o recreio, preferindo olhar para telas de celular, dá ao filme de Rezende uma autenticidade impar justamente pela fidelidade ao seu material original no qual a ideia de infância era tão bem inserido quando a comparamos aos exemplos citados acima…. Continua a leitura

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