Crítica

Crítica “Um Homem Fiel”, o novo filme de Louis Garrel

Um Homem Fiel

Um Homem Fiel – Em seu segundo longa metragem como diretor, Louis Garrel, que também co-escreve o roteiro de Um Homem Fiel, traz boas reflexões acerca das escolhas, arrependimentos e segundas chances que relacionamentos são capazes de nos oferecer. Trata-se não somente de uma comédia de costumes (sem o tom pastelão característico, friso), mas de um filme que, com sutis toques de absurdo em sua proposta, permite ao espectador uma pertinente análise das dúvidas que perpassam mentes inseguras quando confrontadas por tentações ou pelo desencanto da rotina.

Com apenas 75 minutos, Garrel, que também atua, constrói um triangulo amoroso sem julgamentos a gêneros ou privilegiando comportamentos em detrimento do sexo oposto. Assim, concede ao seu público uma observação acerca de três pessoas cujas dúvidas em suas vidas a levam a decisões das quais, sim, podem se arrepender, mas são justamente tais escolhas que as levam à precisa ideia do que seria vida, levando em consideração ansiedades, percalços, paixões e, claro, o aterrador medo da solidão. Claro que o olhar externo nos dá uma segurança de análise, afinal, não vivemos exatamente as mesmas angústias daqueles indivíduos, mas a identificação com aqueles mesmos erros é o que torna Um Homem Fiel um filme tão cativante em seu desenvolvimento.

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Tentativa e Erro?
É deste modo que conhecemos Marianne, Abel e Eve, o triangulo em questão. Quando Marianne decide terminar sua relação por se encontrar grávida de um amigo em comum com quem tem um caso, a saída de Abel da sua vida é bem direta, trazendo a percepção de um diálogo de abertura que prima pela naturalidade e adequação a uma situação que deve, de fato, ser lidada daquele modo pragmático, mesmo que um tanto absurdo e incomum…

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