Jason Bourne
“É curioso observar como em Jason Bourne Greengrass se permitiu ousar mais (leia-se: chutar o balde, mesmo)”
Por João Paulo Barreto
Após a sequência filmada na estação de trem Waterloo, em Londres, a qual rendeu o Oscar de melhor montagem para Christopher Rouse por seu trabalho em O Ultimato Bourne, imaginar que a parceria do montador com o cineasta Paul Greengrass poderia superar tamanho esplendor técnico era algo desafiador. Em Jason Bourne, novo capitulo da saga do herói em busca do seu passado, essa possibilidade foi alcançada.
Ao preferir batizar o longa apenas com o nome do seu protagonista, os realizadores dão o tom desta última parte, colocando-o como uma força motriz em busca de retaliação contra as pessoas que lhe retiraram tudo. Sem Identidade, sem supremacia e seu nenhum ultimato. Nesse mais recente episódio (o que não deve ser encarado como último), o personagem de Jason Bourne age de modo instintivo, buscando apenas causar dor e morte àqueles que o construíram do modo como ele é.
Aqui, temos o homem novamente às voltas com suas memórias perdidas e em busca de respostas para seu passado como o agente assassino a serviço do governo estadunidense.