Crítica

Crítica – vale a pena assistir Alien: Covenant?

Alien Covenant

Direção por Ridley Scott. Roteiro por John Logan. Elenco: Michael Fassbender, Katherine Waterston, Billy Crudup, Danny McBride, Demián Bichir, Nathaniel Dean, Amy Seimetz, James Franco

Por Gabriella Tomasi

O diretor Werner Herzog certa vez disse que nunca usaria em seus filmes qualquer tipo de efeitos especiais, pois essa técnica já tão acostumada por todos “trai” ou “engana” os olhos do espectador de tal forma a incapacitá-lo para qualquer senso mais próximo da realidade. Complementando seu raciocínio, afirmou que se pudesse atualmente, faria de novo um navio subir uma montanha tal como fez em seu clássico Fitzcarraldo (1982) sem o auxílio digital. Neste contexto, Alien – um dos maiores vilões do espaço – originalmente foi projetado e arquitetado sem qualquer efeito (o que é de se surpreender considerando o quão aterrorizante a criatura era), realizado a partir de uma visão ilustrativa do artista plástico Hans Rudolf Giger. E muito embora o CGI tenha favorecido a indústria cinematográfica, o novo xenomorfo que aqui vemos ao longo dos anos se distancia cada vez mais da sua verossimilhança e realmente produz o mesmo efeito no espectador que o cineasta alemão previu.

Porque o medo do que era sugerido em tela trabalhado lá em 1979, era o de personagens transmitindo um olhar de terror para o seu contra-campo (e imprimindo o suspense para o que não vemos em tela) eram alguns dos toques usados outrora para maquiar essa ausência da tecnologia avançada, como também o fizeram outros cineastas. Mas convenhamos que era muito mais eficiente deixar por conta de nossa imaginação o terror pelo desconhecido não é mesmo? Não é à toa, portanto, que Alien: O Oitavo Passageiro e o clássico Tubarão, por exemplo, se apropriaram dessa premissa e revolucionaram o gênero do terror. Mas aí temos a tecnologia que não havia antes e a preguiça aumentou. Em Alien: Covenant vemos… Continua a leitura

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