Extraordinário estreia da semana
Direção por Stephen Chbosky. Roteiro por Jack Thorne, Steve Conrad, Stephen Chbosky. Baseado em Wonder de R. J. Palacio. Elenco: Julia Roberts, Owen Wilson, Jacob Tremblay, Mandy Patinkin, Sonia Braga, Millie Davis, Noah Jupe, Danielle Rose Russell, Izabela Vidovic
Por Gabriella Tomasi
Atores famosos, uma história emocionante de superação e um roteiro “arranca-lágrimas”.
Essa é fórmula mágica para não somente atrair o grande público para as telas do cinema, mas também forçar uma indicação ao Óscar quando o fim de ano se aproxima, ou seja, uma isca querendo e implorando para ser fisgada. Neste contexto, se em 2016, o irregular Lion – Uma Jornada para Casa tirou o lugar de tantos outros merecedores na categoria de Melhor Filme, como A Qualquer Custo, Animais Noturnos ou Silêncio para citar alguns, já em 2017 temos Extraordinário, que não me surpreenderia se aparecesse na lista final dos concorrentes.
Esclareço que não viso menosprezar a história dessa obra, ela é tão importante quanto necessária, uma vez que intolerância, falta de empatia e respeito parecem dominar o mundo de hoje. Mas a questão é, na realidade, que ela foi mal executada. A trama gira em torno essencialmente na vida de Auggie (Tremblay), um menino que nasceu com uma deformidade facial em razão de uma condição genética. Cercado do amor familiar por uma mãe, um pai e uma irmã, Auggie se encontra na idade de frequentar regularmente a escola, uma opção evitada por tanto tempo pelos pais, devido ao preconceito a que ele poderá se submeter. Dessa forma, acompanhamos a trajetória do garoto para ser acolhido na escola.
O diretor Stephen Chbosky já se mostrou competente para desenvolver obras sensíveis que tratam da adolescência de maneira bastante respeitosa, como As Vantagens de Ser Invisível (2012) que explora as dificuldades nesta fase. Em Extraordinário não é diferente: além de Auggie, o qual passa por problemas óbvios em se socializar; sua irmã Olivia, ou Via (Vidovic), também se depara com o abandono de sua melhor amiga e a negligência de seus pais em face da atenção exigida do irmãozinho.
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