Crítica

Crítica: vale a pena assistir “Medo Viral” terror que estreia esta semana?

Dirigido e roteirizado por Abel e Burlee Vang. Elenco: Saxon Sharbino, Mitchell Edwards, Carson Boatman, Jordan Essoe, Victory Van Tuyl, Brandon Soo Hoo, Bonnie Morgan, Alexis G. Zall.

A tecnologia, de um modo geral, nos trouxe inúmeros benefícios e comodismos. Seus limites e consequencias são amplamente discutidos e estudados em vários ramos das áreas humanas como a sociologia e a filosofia. O maior exemplo desse reflexo na indústria cinematográfica é a estréia da série original da Netflix, Black Mirror, a qual coloca em xeque todos os potenciais perigos aos quais podemos estar submetidos advindos dessa dependência desmesurada que nos tornamos dela.

Neste contexto, Medo Viral possui uma premissa interessante em debater justamente esta questão, por meio de um aplicativo que aparece no celular e cuja entidade sobrenatural tem o prazer de aterrorizar e eventualmente até matar suas vítimas. A trama começa quando Nikki (Zall), uma adolescente morre repentinamente, e posteriormente, a entidade passa a fazer o mesmo com o seu grupo de amigos.

Contudo, o problema é que não há nada que faça sentido neste filme.

Isso porque, primeiramente, a discussão da própria tecnologia é completamente deixada de lado em meio ao filme, para se tornar mais um clichê de terror como tantos outros. O longa até tenta desenvolver os pontos negativos de estarmos inseridos em uma área digital como os vídeos caseiros que são compartilhados ou então o fato de que o grupo precisa guardar o celular para conversar direito. No entanto, nada disso é efetivamente trabalhado, ou seja, tem um começo, meio e fim para as questões que discutem. Ao contrário, elas apenas se tornam conveniências pontuais de um roteiro raso e mal decupado.

Da mesma forma, todo o trabalho de direção, fotografia e mise-en-scène contribuem e ressaltam ainda mais o roteiro já comum demais… Continua a leitura

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