Programa de estreia tem desfecho ousado e acaba sem dizer o final de uma apresentação, a mais polêmica e interessante da noite
O X Factor Brasil enfim começou e muitas questões já começam a ser respondidas. Vamos a elas:
A edição é tão boa quanto a original? Ainda não dá para definir com precisão, mas pela estreia percebe-se que a equipe técnica ainda precisa trabalhar um bocado, principalmente pela parte final do programa de estreia. A sacada inicial foi muito boa, que é a de colocar a apresentação mais interessante para o fim. Todos os realitys musicais fazem isso e estão mais que certos. Porém a equipe de edição, em uma escolha ousada, decidiu não mostrar o desfecho desta apresentação.
Explicando: o que aconteceu não foi algo comum, mas nem tampouco raro. Duas irmãs foram cantar como dupla e depois da apresentação os jurados perguntaram se elas poderiam se separar, pois uma possuía condições de entrar e a outra não. A tensão foi criada e o X Factor tinha tudo para fechar o programa de estreia com assunto para as redes sociais. Porém o programa foi para o intervalo e quando voltou já era para finalizar.
Ou seja, o resultado só na quarta-feira. A escolha, ousada, como dissemos, pode ser interpretada como falta de respeito para com o seu público. Causou burburinho também, mas com muitos irritados. Não precisava disso para deixar a marca.
Os jurados são bons? Vamos analisar a bancada: Alinne Rosa, Di Ferrero e Paulo Miklos, além do produtor musical Rick Bonadio. Rick é de longe o mais capaz e será a espécie de voz da razão do programa. Suas observações foram as mais interessantes. Paulo Miklos consegue unir simpatia com talento e bons argumentos. Tem tudo para dar certo como jurado. Di já é de certa forma experiente com o seu trabalho no The Voice Brasil, só está tendo mais responsabilidades. Consegue agregar bem. E Alinne é a grande interrogação desta edição. Vindo de um gênero que sofre bastante com críticas, muitas merecidas, ela vai ter que provar a cada programa.
No de estreia ela teve altos e baixos, e ao mesmo tempo em que falou de tons, de postura vocal, também deu argumentos vagos e sem sentido. Ela vai precisar melhorar, e isso vai ser acompanhado de perto pelo público, o que pode ser motivo de muitas críticas ao seu trabalho ao longo da temporada.
A apresentadora foi bem? Fernanda Paes Leme é linda, simpática, tem uma relação bem forte com as redes sociais (o programa promete ser líder no Twitter) e por essas razões acredita-se que o seu trabalho será o mais elogiado desta primeira temporada. Porém, no programa de estreia faltou algo que deixasse a sua marca. Uma personalidade mais forte, principalmente ao fazer as pequenas entrevistas com os candidatos. Mas dá para melhorar muito ainda.
E os candidatos? No geral tivemos candidatos com um nível mediano, mas como sabemos que temos muitos talentos pelo país, o nível tem tudo para aumentar. A baiana Carol, que bem nervosa, fez uma escolha ousada, acabou se destacando. Alguns outros candidatos, e grupos, também. Mas é quase certo que o segundo programa terá uma melhora na qualidade, ao menos pelo promo dá a entender isso.
O X Factor Brasil estreia dominando o Twitter, tal como o MasterChef já fazia. Deve ser um ótimo substituo ao programa que vinha sendo o carro chefe da Band no ano. O programa, comandado por Fernanda, tem tudo para melhorar, transformando-se numa ótima opção para as segundas e quartas na televisão aberta no Brasil.
E quarta saberemos se as irmãs se separaram. Apostas?